terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mensagem do Papa Francisco para a celebração do XLVII Dia Mundial da Paz

Mensagem do Papa Francisco para a celebração do XLVII Dia Mundial da Paz

JESUS PALAVRA REVELADA AOS HOMENS....


NATAL DE JESUS
Leituras da 1ª Missa 1ª Leitura: Is 9, 1-6 2ª Leitura: Tt 2,11-14 Evangelho: Lc 2,1-14
Leituras da 2ª Missa 1ª Leitura: Is 62,11-12 2ª Leitura: Tt 3,4-7 Evangelho: Lc 2,15-20
Leituras da 3ª Missa 1ª Leitura: Is 52,7-10 2ª Leitura: Hb 1,1-6 Evangelho: Jo 1, 1-18

Natal é a Palavra de Deus revelada a todos os homens
Natal é a fusão do ontem de Belém, e do hoje sempre novo
Que acolhe com Esperança  a vinda do Senhor!
Graças ao amor do Pai, vemos a Luz, encontramos o gozo,
a alegria e a paz que destrói as barreiras do mal…
Hoje da casa de David, nasce para nós um Menino…
Em pobres palhas, mas livre da riqueza que amarfanha a nossa vida.
Um libertador, um Deus forte, o Emanuel, o Deus connosco…
O Príncipe da Paz, o restaurador da justiça e da verdade.

Natal, encontro da Palavra com o nada do ser humano
Mas a Palavra é-nos entregue com tanta gratuidade pelo nosso Deus!
Pela Palavra somos convidados a levar uma vida digna, sóbria, justa e piedosa…
Que o nosso coração seja esse lugar que Maria procura para deixar que aconteça
O Natal de Jesus na vida da humanidade por Ele resgatada…
José pede-nos para limpar todos os cantinhos, pois esse Menino
Precisa de perceber o brio que existe em nós para O acolher…
Maria faz-nos oferta de Seu Filho para que O Adoremos…
Hoje vamos envolve-lo com as faixas do amor e com o afecto mais puro
Saídos do coração que silenciosamente O quer adorar…
Cantemos de alegria para este Menino, para tanta ternura que os céus

Não conseguem conter… Com vozes simples e humildes adoremos o
Nosso Salvador…
Corramos para a gruta, abramos o coração, acolhamos na humildade o Salvador
Que vem no hoje da nossa vida… não fechemos o que deve permanecer sempre aberto
À graça santificadora do Amor do Pai que se faz Palavra Eterna e vem até nós….
A boa notícia é para todos, sejamos hoje, neste Natal comunicadores da
Alegria do Evangelho de Jesus nosso Messias, Salvador…

Feliz Natal em Cristo nossa Alegria

Natal para Deus, Natal para quem precisa | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Natal para Deus, Natal para quem precisa | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco visitou Bento XVI para lhe transmitir votos natalícios | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco visitou Bento XVI para lhe transmitir votos natalícios | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

domingo, 22 de dezembro de 2013


Livro de Isaías 7,10-14.
Naqueles dias, o Senhor mandou dizer ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede ao SENHOR teu Deus um sinal, quer no fundo dos abismos, quer lá no alto dos céus.»
Acaz respondeu: «Não pedirei tal coisa, não tentarei o SENHOR.»
Isaías respondeu: «Escuta, pois, casa de David: Não vos basta já ser molestos para os homens, senão que também ousais sê-lo para o meu Deus?
Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel.
 
Comentário do dia:

Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense
Sermão 9, da Anunciação do Senhor

«E hão-de chamá-Lo Emanuel»

 
«Emanuel, que que quer dizer: “Deus connosco”.» Sim, Deus connosco! Até aqui era Deus acima de nós, Deus diante de nós, mas hoje Ele é «Emanuel». Hoje, Ele é Deus connosco na nossa natureza e connosco na sua graça; connosco na nossa fraqueza e connosco na sua bondade; connosco na nossa miséria e connosco na sua misericórdia; connosco por amor, connosco por laços de família, connosco por ternura, connosco por compaixão.


Deus connosco! Vós, filhos de Adão, não pudestes subir ao céu para encontrar Deus (Dt 30,12), mas Ele desceu do céu para ser Emanuel, Deus connosco; veio para nossa casa para ser Emanuel, Deus connosco, e nós esquecemo-nos de ir ter com Deus para estar com Ele. «Até quando, ó homens, sereis duros de coração? Porque amais a vaidade e procurais a mentira?» (Sl 4,3) Eis que chegou a Palavra viva e verdadeira: «Porque amais a vaidade?» Eis que chegou a Verdade: «Porque procurais a mentira?» Eis que chegou Deus connosco.


E como poderia Ele estar ainda mais comigo? Pequeno como eu, fraco, nu e pobre como eu, em tudo como eu, tomando do que é meu e dando-me do que é seu, a mim que jazia como morto, sem voz e sem sentidos, nem sequer a luz dos meus olhos. E eis que hoje desceu do céu este Homem tão grande, este «profeta poderoso em palavras e em obras» (Lc 24,19), que colocou o seu rosto sobre o meu, a sua boca sobre a minha, as suas mãos nas minhas mãos (2Rs 4,34) e Se fez Emanuel, Deus connosco!

Peregrinação de Advento | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Peregrinação de Advento | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Francisco visita as crianças no "Hospital do Papa" | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Francisco visita as crianças no "Hospital do Papa" | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

sábado, 21 de dezembro de 2013


IV Domingo do Advento – Ano A

Textos: Isaías 7, 10-14; Romanos 1, 1-7; Mateus 1, 18-24

Um coração feito berço para que Deus nasça em nós e para nós…

Somos convidados a olhar para Maria a ditosa Mãe que trouxe ao mundo o Salvador. Deus é o nosso amado, nós seus eternos amantes. Por Maria Deus faz-se presente na nossa vida na oferta de Jesus Seu dilecto Filho. O mistério do Natal está na beleza da Nova Criação, pois Deus Pai tornou-se nosso próximo mais próximo através da dádiva de Seu Filho Jesus à humanidade.

Fixemos o nosso olhar em Maria. Deixemo-nos encantar por tão feliz gestação! Preparemos o coração para entoar melodiosamente: Ó admirável noite em que nasceu, do seio de Maria o Redentor… Fiquemos com Maria extasiados, invadidos e vencidos pelo Espírito Santo autor de tão grande mistério! É hora de perguntar ao coração: como acolho o Espírito do Senhor na minha vida? Deixo que Ele me fecunde e seja em cada instante comunicadora de Jesus aos que me rodeiam?

Com o Emanuel, tudo, sem Ele nada…

Não podemos viver alheios a tanto amor! Não podemos fingir que nada sabemos acerca do Verbo da Vida, não podemos virar as costas à ternura de Deus para connosco. Não podemos ficar mudos e indiferentes à Sua presença nas nossas vidas. Ele está a nosso lado, Ele caminha connosco e é estrela a orientar nossos passos.

Tão próximo o Natal…

Deixemos que o Emanuel nos possua, sintamos de novo a Sua alegria, tenhamos necessidade de ficar de joelhos adorando-O em pobres palhas deitado. Deixemos que o Emanuel nasça nos nossos sonhos e esperanças, nos nossos projectos e canseiras de cada dia. Deixemos que Ele nos traga de novo a autêntica libertação. Deus é sempre um connosco, está próximo dos corações que Nele se refugiam. Ele palmilha as nossas estradas e mostra-se um Deus de Amor, de confiança e de esperança.

Convite…

Nada de te por à prova Senhor! Neste tempo que resta para saborear de novo a Tua vinda ao coração da humanidade, só queremos mesmo adorar e contemplar o mistério do Amor Divino. Urge tomar consciência de que vens na Tua plenitude e na grandeza infinita do Teu amor! Vens para nos desafiar a não desistir, mas a tomar um coração novo capaz de responder humildemente aos Teus desafios para connosco. Só em Ti podemos mesmo confiar, nada mais nos deve satisfazer. Saibamos fazer a leitura dos Teus sinais de amor semeados nas nossas vidas.

Que em nossas vidas aconteça Natal, que venhas recriar a face da terra e rasgar as nuvens vindo de novo, com ternura e humildade ao coração dos homens.



Encontro com Deus precisa do silêncio e foge da publicidade, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Encontro com Deus precisa do silêncio e foge da publicidade, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Se o homem procura salvar-se sozinho

Se o homem procura salvar-se sozinho

Papa Francisco: a humildade nos torna fecundos, a soberba estéreis

Papa Francisco: a humildade nos torna fecundos, a soberba estéreis

Papa Francisco apela a mais profetismo na Igreja e pede fim do clericalismo e legalismo | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

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A humildade é a semente da vida, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

A humildade é a semente da vida, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

«O papa conta convosco»: Francisco escreve aos jovens que passam o ano na peregrinação europeia de Taizé | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

«O papa conta convosco»: Francisco escreve aos jovens que passam o ano na peregrinação europeia de Taizé | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013



Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

É sempre possível recomeçar | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

É sempre possível recomeçar | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Porque vieste incomodar-nos? Além da epifania, diafania | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Porque vieste incomodar-nos? Além da epifania, diafania | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
III DOMINGO DO ADVENTO – ANO C
Is 35,1-6a.10
Salmo 145 (146)
Tg 5,7-10
Mt 11,2-11

Somos confrontadas neste domingo tão próximo do Natal com a alegria que nos vem de Deus. No coração daquele que acredita Deus Pai é Esperança, libertação e alegria. É bonita a expressão: “não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está a chegar”. Deus vem até nós para nos introduzir numa vida nova e insuflar-nos o sopro do Espirito que nos fortalece e torna homens e mulheres de esperança.
Rejubile…
Rejubile e alegre-se o deserto a terra árida, exultem todos com brados de alegria… Tenhamos coragem Deus vem até nós. Fortaleçamos a nossa vida tão fatigada e cansada, pois Deus vem para nos aliviar e deixar que Nele experimentemos a doce alegria do Seu descanso! Tenhamos coragem nada temamos, pois o nosso Deus é um Deus de fortaleza e confiança. Revitalizemos os nossos ânimos abatidos, preparemos com jubilo a nossa Libertação prestes a chegar. Manifestemos com gestos de amor e de esperança a vinda de Cristo nosso Salvador.
Esperai…
É isso mesmo, esperar pacientemente, sem agitação sem perturbação a vinda do Salvador. Somos convidadas a fortalecer o coração, a levarmos uma vida regrada sem queixumes nem maledicências de uns para com os outros. O nosso único juiz está à porta, vem bater de mansinho e por isso exige vigilância nos nossos actos, gestos, palavras e moderação de vida. Somos convidados a não desistir de lutar para poder ver a Luz que vem até nós, a esperança que deve iluminar a nossa alma, a confiança que não pode ser abalada por nada nem por ninguém.
Temos de esperar com esperança de viver com atenção e não com acomodação, com renúncia e sacrifício e não com alienação, com paz no coração e não com desamor e vingança. A Salvação está próxima. O nosso projecto tem de ser libertador, temos de ser convincentes na mensagem que transmitimos. A nossa vida tem de ser digna para que o mundo acredite no Deus justo, libertador, bom e misericordioso.
Ide contar…
Ide contar o que vedes, os milagres que Cristo opera, a preferência pelos pobres, a vida que deseja transmitir a todos os que abrem o coração à Boa Nova. Quem procuramos? Quem dizemos que é Jesus para nós? Qual a acção do Senhor Jesus na nossa vida? Temos a consciência de que Ele é o Messias, Aquele que vem anunciar a Boa Nova aos pobres? Que mensagem nos transmite a Sua Palavra? O Reino está entre nós. Os sinais de Jesus devem interpelar a nossa forma de vida.
Perguntemos ao coração
Estou preparada? Vivo a dimensão da alegria que me vem da Palavra feita Carne? A acção de Deus transforma e recria a minha vida a partir do nada? Ele é para mim Vida em plenitude?
Sejamos optimistas, o nosso tempo é tempo de Deus e para Deus, com Ele faremos proezas, sem Ele, nada conseguiremos realizar de bom. Deixemos que a nossa vida se inunde da beleza de Cristo para que brote no deserto a abundância e a esperança seja motivo do nosso júbilo.
Exultamos em Deus nosso Salvador
Obrigado porque és a aurora da nossa esperança, a libertação das nossas cadeias, a coragem no nosso desânimo. Obrigado pela paciência e pelas sementes da novidade do Teu Evangelho. Obrigado pelo percursor que em cada instante nos ajuda a preparar o caminho para o encontro Contigo. Obrigado pela luz que voltou a brilhar no nosso olhar. Enche as nossas vidas com a beleza do teu amor, para podermos exultar de alegria todos os dias da nossa vida.




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Somos convidados a equacionar o tipo de resposta que damos aos desafios de Deus. Ao propor-nos o exemplo de Maria de Nazaré, a liturgia convida-nos a acolher, com um coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.
O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a auto-suficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.

… Cheia de Graça…
A expressão “cheia de graça” significa que Maria é objecto da predilecção e do amor de Deus. Estamos, diante do “relato de vocação” de Maria: a visita do anjo destina-se a apresentar à jovem de Nazaré uma proposta de Deus. Essa proposta vai exigir uma resposta clara de Maria.

Como é que Maria responde ao projecto de Deus?
A resposta de Maria começa com uma objecção… É uma reacção natural de um “chamado”, assustado com a perspectiva do compromisso com algo que o ultrapassa; mas é, sobretudo, uma forma de mostrar a grandeza e o poder de Deus que, apesar da fragilidade e das limitações dos “chamados”, faz deles instrumentos da sua salvação no meio dos homens e do mundo.

“Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Afirmar-se como “serva” significa, mais do que humildade, reconhecer que se é um eleito de Deus e aceitar essa eleição, com tudo o que ela implica. “Servo do Senhor” é um título de glória, reservado àqueles que Deus escolheu, que ele reservou para o seu serviço e que ele enviou ao mundo com uma missão. Desta forma, Maria reconhece que Deus a escolheu, aceita com disponibilidade essa escolha e manifesta a sua disposição de cumprir, com fidelidade, o projecto de Deus.

Meditar no mistério da Imaculada Conceição de Maria
Tal Redenção refulge, esplendorosamente, na pessoa de Maria, primeira redimida. Nela se revela a delicadeza da Providência divina que chama cada homem e cada mulher a colaborar na obra da salvação de todos. Inspirados nos apelos de Deus e enraizados no dom gratuito do seu amor; depois, pela correspondência a esse dom, na total fidelidade à nossa filiação divina Maria, como Mãe, quer tornar cada vez mais sólida em nós.
Que ela não nos deixe murchar a fé e a devoção. Que Maria Santíssima, nossa Mãe Imaculada, olhe para nós e nos guie, nos difíceis caminhos da paz.



Esperar ou parar

Esperar ou parar

Mandela: Papa Francisco recorda legado de «não-violência, reconciliação e verdade»

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Vaticano: Primeira mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz vai ser publicada a 12 de dezembro

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Vaticano: «Rezar é um pouco incomodar Deus», disse Francisco

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A ALEGRIA DE JESUS...

“Nós pensamos sempre em Jesus quando ele pregava, quando curava, quando caminhava, quando ia pelas estradas, também durante a Última Ceia ... Mas não estamos tão acostumados a pensar em Jesus sorridente, alegre. Jesus era cheio de alegria. Naquela intimidade com o Pai: ‘exultou de alegria no Espírito Santo e louvou o Pai’. É precisamente o mistério íntimo de Jesus, o relacionamento com o Pai, no Espírito. É a sua alegria interior, a sua alegria interior que Ele nos dá”.
“não se pode pensar em uma Igreja sem alegria e a alegria da Igreja é precisamente isso: anunciar o nome de Jesus. Dizer: 'Ele é o Senhor. O meu esposo é o Senhor. É Deus. Ele nos salva, Ele caminha connosco. E essa é a alegria da Igreja, que nesta alegria de esposa se torna mãe. Paulo VI dizia: a alegria da Igreja é evangelizar, ir para frente e falar sobre seu Esposo. E também transmitir essa alegria aos filhos que ela faz nascer, que ela faz crescer”.

I DOMINGO DO ADVENTO - ANO A

A Esperança… A Paz no tempo que é de Deus…
“Das espadas forjarão arados, das lanças foices… Nem mais se hão-de preparar para a guerra…” (Is 2, 4).
Tempo novo, tempo de Esperança. Tempo de abertura do coração à mensagem revelada, a Palavra dita desde os antigos profetas e que teve cumprimento nos tempos messiânicos. Deus do tempo e da vida, Deus da Paz e não da aflição.
Com Deus a vida vive-se sem sobressaltos, sem motivos de violência. A Palavra augura ao mundo a certeza do Príncipe da Paz, que será o Messias a quem celebraremos no Natal.
Somos a Jerusalém convertida com cânticos com palmas e ramos de Oliveira, os sinais evidentes da paz que teima em reinar na vida da humanidade. A Paz é desejo, a Paz é dom, é experiência profunda quando se convive com o Príncipe da Paz, com o querer Divino.
Em tempo de esperança, peçamos como rezava Francisco de Assis: “Senhor faz de mim um instrumento de Paz… onde há guerra que eu faça a Paz…”
Para quantos abrem o coração à alegria do Evangelho e à Esperança os votos de Paz e Bem e uma peregrinação profícua de forma a preparar bem o caminho do Messias que teimosamente volta a desejar nascer em nós.



sábado, 23 de novembro de 2013

SOLENIDADE DE JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

O homem de Nazaré morto por amor!
A cruz é um desafio para toda a humanidade
O Reino de Deus inaugurado por Jesus
Deve ser implantado aqui na terra
Na justiça e vivido no amor fraterno.
O projecto de Jesus não termina no horizonte
Do nosso olhar físico. O seu alcance não tem fim…

É de uma grandeza invencível, ultrapassa o mal,
Traz a paz, vive-se na justiça e na misericórdia.
O Reino de Jesus supera o pecado, pois é reino de amor.
“Hoje estarás comigo no paraíso!”
São para mim estas palavras e elas fazem eco no meu coração
Pois a Cruz é a cátedra do profundo diálogo com o Mestre
Sem Cruz a vida fica vazia de sentido,
O nosso olhar deve voltar-se para a Cruz
Que sustem a nossa Salvação e nos dá tão grande Rei.

Senhor, que a Cruz me faça recordar 
a Tua realeza sobre o mal
Que na Tua Cruz aprenda a celebrar a minha salvação
Que a Tua mensagem e o Teu exemplo de vida me ajudem
A transformar a minha vida e as estruturas
da sociedade em que vivo.
Porque o Teu Reino não é de poder, mas sim de humildade,

Deixa-me gloriar na Tua Cruz pelos séculos sem fim….

CRISTO REI DO UNIVERSO


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Texto da catequese do Papa Francisco 
na audiência da quarta-feira
O Santo Padre nos lembra que Deus não se cansa de perdoar 
e que nós não devemos cansar-nos de pedir perdão
ROMA, 20 de Novembro de 2013
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Quarta-feira passada falei da remissão dos pecados, referida de modo particular ao Batismo. Hoje prosseguimos no tema da remissão dos pecados, mas em referência ao chamado “poder das chaves”, que é um símbolo bíblico da missão que Jesus deu aos Apóstolos.
Antes de tudo, devemos recordar que o protagonista do perdão dos pecados é o Espírito Santo. Em sua primeira aparição aos Apóstolos, no cenáculo, Jesus ressuscitado fez o gesto de assoprar sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). Jesus, transfigurado em seu corpo, agora é homem novo, que oferece os dons pascoais frutos da sua morte e ressurreição. Quais são estes dons? A paz, a alegria, o perdão dos pecados, a missão, mas, sobretudo, doa o Espírito Santo que de tudo isto é a fonte. O sopro de Jesus, acompanhado das palavras com as quais comunica o Espírito, indica o transmitir a vida, a vida nova regenerada pelo perdão.
Mas antes de fazer o gesto de soprar e doar o Espírito Santo, Jesus mostra as suas chagas, nas mãos e no peito: estas feridas representam o preço da nossa salvação. O Espírito Santo nos traz o perdão de Deus “passando através” das chagas de Jesus. Estas chagas que Ele quis conservar; também neste momento Ele no Céu faz ver ao Pai as chagas com as quais nos redimiu. Pela força dessas chagas, os nossos pecados são perdoados: assim Jesus deu a sua vida pela nossa paz, pela nossa alegria, pelo dom da graça na nossa alma, pelo perdão dos nossos pecados. É muito belo olhar assim para Jesus!
E chegamos ao segundo elemento: Jesus dá aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados. É um pouco difícil entender como um homem pode perdoar os pecados, mas Jesus dá este poder. A Igreja é guardiã do poder das chaves, de abrir ou fechar ao perdão. Deus perdoa cada homem em sua soberana misericórdia, mas Ele mesmo quis que quantos pertencem a Cristo e à Igreja recebam o perdão mediante os ministros da comunidade. Através do ministério apostólico, a misericórdia de Deus me alcança, as minhas culpas são perdoadas e me é dada a alegria. Deste modo, Jesus nos chama a viver a reconciliação também na dimensão eclesial, comunitária. E isto é muito bonito. A Igreja, que é santa e ao mesmo tempo necessitada de penitência, acompanha o nosso caminho de conversão por toda a vida. A Igreja não é mestre do poder das chaves, mas é serva do ministério da misericórdia e se alegra todas as vezes que pode oferecer este dom divino.
Tantas pessoas talvez não entendem a dimensão eclesial do perdão, porque domina sempre o individualismo, o subjetivismo, e também nós cristãos somos afetados por isso. Certo, Deus perdoa cada pecador arrependido, pessoalmente, mas o cristão está ligado a Cristo, e Cristo está unido à Igreja. Para nós cristãos, há um dom a mais, e há também um compromisso a mais: passar humildemente pelo ministério eclesial. Isto devemos valorizar; é um dom, uma cura, uma proteção e também é a segurança de que Deus me perdoou. Eu vou até o irmão sacerdote e digo: “Padre, fiz isto…”. E ele responde: “Mas eu te perdoo; Deus te perdoa”. Naquele momento, eu estou seguro de que Deus me perdoou! E isto é belo, isto é ter a segurança de que Deus nos perdoa sempre, não se cansa de perdoar. E não devemos nos cansar de ir e pedir perdão. Pode-se ter vergonha de dizer os pecados, mas as nossas mães e as nossas avós diziam que é melhor ficar vermelho uma vez que amarelo mil vezes. Fica-se vermelho uma vez, mas são perdoados os pecados e se segue adiante.

20/11/2013 Audiencia General Papa Francisco

terça-feira, 19 de novembro de 2013


A fidelidade a Deus não se negocia
Há uma ameaça que percorre o mundo. É a «globalização da uniformidade hegemónica» caracterizada pelo «pensamento único», através da qual, em nome de um progressismo que depois se revela imaturo, não hesita em negar as próprias tradições e identidade. O que nos deve consolar é que diante de nós está sempre o Senhor fiel à sua promessa, que nos espera, ama e protege. Nas suas mãos iremos seguros pelo caminho. Foi esta a reflexão proposta pelo Papa Francisco, na manhã de segunda-feira, 18 de Novembro, durante a missa em Santa Marta. Concelebrou o arcebispo Pietro Parolin, secretário de Estado, que hoje iniciou o seu serviço no Vaticano.
O Pontífice iniciou a sua reflexão comentando a leitura tirada do primeiro livro dos Macabeus (1, 10-15; 41-43; 54-57; 62-64) «uma das páginas mais tristes da Bíblia», comentou, na qual se fala sobre «uma boa parte do povo de Deus que prefere afastar-se do Senhor diante de uma proposta de mundanidade». Trata-se, notou o Papa, de uma atitude típica da «mundanidade espiritual que Jesus não queria para nós. A tal ponto que pediu ao Pai a fim de que nos salvasse do espírito do mundo».

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Papa Francisco convida ao discernimento: virtude cristã de 
entender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal
Pontífice distribuiu "Misericordina" aos fiéis e peregrinos presentes 
na Praça de São Pedro para rezar o Angelus
CIDADE DO VATICANO, 17 de Novembro de 2013 
Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
O Evangelho deste domingo (Lc 21,5-19) consiste na primeira parte de um discurso de Jesus:aquele sobre o fim dos tempos. Jesus o pronunciou em Jerusalém, diante do templo; e a inspiração se deu precisamente das pessoas que falavam do templo e de sua beleza. Aquele templo era belo. Então Jesus disse: "Dias virão em que, tudo o que se vê agora, não ficará pedra sobre pedra" (Lc 21, 06). Naturalmente lhe perguntam: Quando isso vai acontecer? Quais serão os sinais? Mas, Jesus desvia a atenção destes aspectos secundários-Quando será? Como será? – paraas verdadeiras questões. Que são duas. A primeira: Não se deixar enganar por falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo. A segunda: viver o tempo de espera como tempo de testemunho e de perseverança. E nós estamos neste tempo de espera, a espera da vinda do Senhor.
Este discurso de Jesus é sempre atual, sobretudo para nós que vivemos no século XXI. De fato, Ele nos diz: "Cuidado para não se deixar enganar. Muitos virão em meu nome "(v. 8). É um convite ao discernimento, virtude cristã de entender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal. Ainda hoje, de fato, existem falsos "salvadores", que tentam substituir Jesus: líderes deste mundo, gurus, e até feiticeiros, personagens que querem atrair para si os corações e as mentes, especialmente dos jovens. Jesus nos adverte: "Não os sigam!”
E o Senhor nos ajuda a não termos medo: diante das guerras, das revoluções, mas também das catástrofes naturais, epidemias, Jesus nos livra do fatalismo e das falsas visões apocalípticas.
O segundo aspecto nos interpela como cristãos e como Igreja: Jesus preanuncia as provações dolorosas e perseguições, pelas quais seus discípulos deveriam sofrer por sua causa. No entanto, garante: "Nem um só cabelo da vossa cabeça " (v. 18). Ele nos lembra que estamos totalmente nas mãos de Deus! As adversidades que encontramos, por causa da nossa fé e da nossa adesão ao Evangelho, são ocasiões de testemunho; não devem nos afastar do Senhor, mas nos conduzir a nos abandonar ainda mais Nele, no poder do seu Espírito e na sua graça.
Neste momento, penso eu, e todos nós pensamos. Façamos juntos: aos muitos irmãos e irmãs cristãos, que sofrem perseguição, por causa da sua fé. São tantos. Talvez muitos nos primeiros séculos. Jesus está com eles. Também nós estamos unidos a eles com as nossas orações e o nosso amor. Nós também temos admiração por sua coragem e seu testemunho. Eles são nossos irmãos e irmãs que em muitas partes do mundo sofrem por serem fiéis a Jesus Cristo. Saudamos de coração e com afeto.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

1ª Leitura: Ml 3,19-20a
Sl 97
2ª Leitura: 2Ts 3,7-12
Evangelho: Lc 21, 5-19

A perspectiva final …
Neste penúltimo domingo do ano litúrgico, a perspectiva final desenha-se com maior nitidez. Os cristãos não precisam de temer: o Espírito – a força e inteligência de Deus – está com eles, para se defenderem. Quem permanecer firme, salvar-se-á. Uma idéia secundária, no evangelho, é a advertência de não correr atrás de qualquer um (por causa da impaciência).
A relação entre Deus e os homens continua, hoje, através dos discípulos, que continuam a missão de Jesus através do seu testemunho de vida. Contudo, como Jesus encontrou resistência, também nós: seremos perseguidos, presos, torturados, julgados e até mesmo mortos por continuarmos a acção de Jesus. Mas não devemos ficar preocupados com a própria defesa. O importante é ter a coragem de permanecermos sempre firmes até o fim.


Não nos cansemo de esperar a Parusia…
Somos exortados a esperar só em Jesus Cristo glorioso sendo suas testemunhas no mundo. Isto vive-se e concretiza-se pela oração e pela incansável prática da verdadeira caridade, o nosso espírito, comungando com o de Cristo, enfrentará com firmeza tudo aquilo que pretende ser palavra ou instância última e não o é!
Não cruzemos os braços dizendo: “Se tudo o que fazemos é provisório, então, que adianta?” Quem raciocina assim, não deveria comer, pois dentro vai ter fome de novo. Paulo responde aos tessalonicenses que sob alegação da proximidade da Parusia passam seu tempo numa alienada desocupação: “Quem não trabalha, não coma” (2ª leitura).

A Tua Palavra não passará jamais…

Esta é a nossa certeza, Tu, estás sempre connosco e convidas-nos a pemencer firmes até ao fim sem dar ouvidos ao alheio. Não podemos deixar que o coração e a alma fiquem cansados. Contigo, devemos ficar renovados no e pelo Espírito que nos oferece a fortaleza necessária para vivermos atentos e vigilantes, pois o Teu Reino vive-se em cada dia e está presente na nossa vida. Continua Senhor a dar-nos lingua e sabedoria para anunciar com alegria e Esperança a vinda do teu Reino.
A curiosidade gera confusão e afasta da sabedoria e da paz de Deus
Homilia na Casa Santa Marta: papa Francisco nos lembra que "o reino de Deus não vem de modo chamativo", mas "na sabedoria"
ROMA, 14 de Novembro de 2013
A curiosidade, manifestação humana que em geral é considerada "louvável" pela cultura moderna e caracterizada por um excesso de comunicação e de sociabilidade (muitas vezes com pouca substância), é uma qualidade que tem seus lados escuros.
O papa Francisco, na homilia da missa desta manhã, definiu o “espírito de curiosidade” como uma atitude que gera confusão e afasta da sabedoria e da paz de Deus.
A primeira leitura de hoje (Sab 7,22-30.8,1) descreve "o estado de ânimo do homem e da mulher espiritual" que vivem "na sabedoria do Espírito Santo", que ajuda "a julgar e tomar decisões de acordo com o coração de Deus", infundindo sempre "a paz".
A santidade é "o que Deus pede a Abraão: caminha na minha presença e sê perfeito". Os homens e mulheres que seguem essa estrada são sábios "porque caminham sob a moção da paciência de Deus", explicou o papa.
A atitude oposta é a da curiosidade vã, que, no Evangelho de hoje (Lc 17,20-25 ), encontramos nos fariseus que cercavam Jesus: "Quando virá o Reino de Deus?", indagavam eles. Essa pergunta era provocada por um mero espírito de curiosidade, que "nos afasta do Espírito da sabedoria porque só está interessado nas miudezas, nos boatos, nas pequenas notícias de todos os dias".
A curiosidade não apenas nos leva para longe de Deus como também nos faz "falar demais". É uma atitude "mundana", que "conduz à confusão" e que nos leva a querer ouvir histórias como "o Senhor está aqui ou está ali", ou "Eu sei de um tal vidente, um visionário, que recebe cartas de Nossa Senhora, mensagens de Nossa Senhora". O papa adverte: "Nossa Senhora é Mãe e não uma gerente dos Correios que fica despachando mensagens todo dia".
O espírito de curiosidade, em suma, afasta "do Evangelho, do Espírito Santo, da paz e da sabedoria e glória de Deus, da beleza de Deus".
Jesus, por outro lado, nos lembra que "o reino de Deus não vem de modo chamativo, mas sim na sabedoria", e não "na confusão". É emblemático que “Deus não falou com o profeta Elias no vendaval, na tempestade, mas na brisa suave, na brisa da sabedoria”.
Santa Teresinha do Menino Jesus dizia a si mesma para "sempre parar diante do espírito de curiosidade". Quando ouvia histórias dos outros, mesmo desejosa de ouvi-las até o fim, ela reconhecia que "este não é o espírito de Deus, porque é um espírito de dispersão, de curiosidade vã".
O Reino de Deus está "no meio de nós", acrescentou o Santo Padre, e por isso não há necessidade de olhar para "coisas estranhas" ou "novidades" com mera "curiosidade mundana". É o Espírito Santo que deve nos levar para frente, "com a sabedoria que é uma brisa suave", concluiu.



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Quinta, 14: O DESCONHECIDO


Alguns discípulos contemplavam o Templo: a sua beleza e a generosidade das ofertas. «Tudo será destruído» — retorquiu-lhes Jesus. Eles bem querem saber quando e como isso vai acontecer! Também eu gostaria de saber o que me vai acontecer ou como é que a Igreja vai atravessar as dificuldades atuais. Atrevo-me a renunciar à curiosidade em saber o quando e o como?

Texto da catequese do Papa Francisco 
na audiência da quarta-feira
Aprofunda sobre o sacramento do Batismo: a "porta" da fé e a fonte da vida cristã
ROMA, 13 de Novembro de 2013
Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
No “Credo” nós dizemos “Creio na Igreja, una”, professamos, isso é, que a Igreja é única e esta Igreja é em si mesma unidade. Mas se olhamos para a Igreja Católica no mundo descobrimos que essa compreende quase 3000 dioceses espalhadas em todos os Continentes: tantas línguas, tantas culturas! Aqui há tantos bispos de tantas culturas diferentes, de tantos países. Há o bispo de Sri Lanka, o bispo do Sul da África, um bispo da Índia, há tantos aqui… Bispos da América Latina. A Igreja está espalhada em todo o mundo! No entanto, as milhares de comunidades católicas formam uma unidade. Como pode acontecer isto?
1. Uma resposta sintética encontramos no Catecismo da Igreja Católica, que afirma: a Igreja Católica espalhada no mundo “tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança, a própria caridade” (n. 161). É uma bela definição, clara, orienta-nos bem. Unidade na fé, na esperança, na caridade, na unidade nos Sacramentos, no Ministério: são como pilastras que sustentam e têm juntos o único grande edifício da Igreja. Aonde quer que vamos, mesmo na menor paróquia, na esquina mais perdida desta terra, há a única Igreja; nós estamos em casa, estamos em família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para os que vivem na Oceania, não, é a mesma em qualquer lugar. É como em uma família: se pode estar distante, espalhado pelo mundo, mas as ligações profundas que unem todos os membros da família permanecem firmes qualquer que seja a distância

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A alegria e a "fraqueza" de Deus para com os pecadores reencontrados
 Papa Francisco recorda a solicitude do Bom Pastor para com a ovelha perdida que triunfa sobre a "murmuração hipócrita" dos homens

- Jesus, os fariseus e os publicanos, o pecado e a hipocrisia, a ovelha perdida. Esta manhã, durante a homilia na Santa Marta, Papa Francisco voltou com uma das ‘chaves de leitura’ de sua pregação: a misericórdia de Deus que triunfa sobre o mal e a mesquinhez dos homens.
O Evangelho de hoje (cf. Lc 15,1-10), explicou o Papa, mostra o espanto dos escribas e fariseus em relação a Jesus, percebido como uma "ameaça" por sua proximidade com os pecadores e que, por essa razão, "ofende a Deus" e "contamina o ministério do profeta".
Mas Jesus tacha a "música da hipocrisia" de seus adversários e a “murmuração hipócrita” deles, e responde com uma "alegre parábola" em que destaca a "alegria de Deus” diante da ação de seu Filho que perdoa os pecadores.  
De fato, Deus "não gosta de perder”, então, vai em busca “daqueles que estão longe dEle. Como o pastor que vai em busca da ovelha perdida". Seu "trabalho" é buscar qualquer criatura e "convidar para a festa de todos, bons e maus”.
Deus não quer perder nenhum dos seus, assim como Jesus revela na oração da Quinta-feira Santa: “Pai, que não se perda nenhum daqueles que tu me deste”.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Vaticano: Papa pede às comunidades católicas que rejeitem «frieza» e «egoísmo» nas suas relações

Vaticano: Papa pede às comunidades católicas que rejeitem «frieza» e «egoísmo» nas suas relações
O convite para a  festa não tem preço
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«A existência cristã é um convite» gratuito para a  festa; um convite que não se pode comprar, porque vem de Deus, e ao qual é preciso responder com a participação e a partilha. Foi a reflexão sugerida pelo Papa Francisco na missa celebrada na manhã de terça-feira, 5 de Novembro, em Santa Marta,  inspirada nas leituras litúrgicas (Romanos 12, 5-16a; Lucas 14, 15-24). Leituras – explicou – que «nos mostram como é o bilhete de identidade do cristão; como é um cristão». E das quais se  compreende «antes de tudo» que «a existência cristã é um convite:  só nos tornamos cristãos  se formos convidados».
O Papa Francisco esclareceu o que significa concretamente o convite do Senhor para cada cristão: não um convite «para dar um passeio» mas «para uma festa; para a alegria:  alegria de ser salvo,  alegria de ser redimido», a alegria de partilhar a vida com Jesus. E sugeriu também o que devemos entender com o termo «festa»: «uma reunião de pessoas que falam, riem, festejam, são felizes», disse. Mas o elemento principal é exactamente a «reunião» de muitos indivíduos. «Entre as pessoas mentalmente normais nunca vi alguém que festeja sozinho: seria um pouco tedioso!», explicou, evocando a triste imagem de quem «abre uma garrafa de vinho» para brindar em solidão. Portanto, a festa exige que se esteja em companhia, «com os outros, em família, com os amigos». Resumindo, a festa «partilha-se». Por isso, ser cristão implica «pertença. Pertencemos a este corpo», feito de «pessoas que foram convidadas para a festa»; uma festa que «nos une a todos», uma «festa de unidade».
Um ulterior aspecto analisado pelo Pontífice refere-se à misericórdia de Deus, que alcança até quantos declinam o convite ou fingem que o aceitam mas não participam plenamente na festa. O trecho de Lucas enumera as desculpas dadas por alguns convidados muito ocupados, os quais «participam na festa só de nome: não aceitam o convite, dizem sim» mas na verdade é um não. Para o Papa Francisco são os precursores daqueles «cristãos que  se limitam a estar na lista dos convidados. Cristãos “na lista”». Contudo, infelizmente ser «classificado como cristão» não «é suficiente. Se não entramos na festa, não somos cristãos; estamos na lista mas isto não serve para a nossa salvação», advertiu  o Papa.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

 Não há pecado que possa cancelar da memória 
e do coração de Deus um filho
Papa Francisco recorda que Jesus é misericordioso 
e nunca se cansa de perdoar

- Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho de Lucas deste domingo nos mostra Jesus que, em seu caminho rumo a Jerusalém, entra na cidade de Jericó. Esta é a última etapa de uma viagem que resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, dedicada a procurar e salvar as ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas quanto mais no caminho aproxima-se da meta, mais em torno de Jesus forma-se um círculo de hostilidade.
No entanto, em Jericó, acontece um dos eventos mais alegres narrados por São Lucas: a conversão de Zaqueu. Este homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um “excomungado”, porque é um publicano, antes, é o chefe dos cobradores de impostos da cidade, amigo dos odiados ocupantes romanos, é um ladrão e um explorador. Bela figura, não é? É assim.
Impedido de aproximar-se de Jesus, provavelmente por motivo de sua má fama, e sendo baixo de estatura, Zaqueu sobe em uma árvore para poder ver o Mestre que passa. Este gesto exterior, um pouco ridículo, exprime, porém, o ato interior do homem que procura colocar-se sobre a multidão para ter um contato com Jesus. O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo de seu gesto; não sabe por que faz isto, mas o faz; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; conforma-se em vê-Lo somente de passagem. Mas Jesus, quando chega próximo àquela árvore, chama-o pelo nome: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa” (Lc 19, 5). Aquele homem baixo de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus é como perdido no anonimato; mas Jesus chama-o, e aquele nome Zaqueu, naquelas línguas daquele tempo, tem um belo significado cheio de alusões: “Zaqueu” de fato quer dizer “Deus recorda”. É belo: “Deus recorda”.
E Jesus vai àquela casa de Zaqueu, suscitando as críticas de todo o povo de Jericó. Porque também naquele tempo se fofoca muito, né? E o povo dizia: “Mas como? Com todas as bravas pessoas que há na cidade, vai hospedar-se justamente na casa de um publicano?” Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão” (Lc 19, 9). Na casa de Zaqueu, a partir daquele dia, entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

REZAR É ACREDITAR

Esta semana com Zaqueu e com os discípulos de Jesus foi rica em encontros: Simão e Judas; Zaqueu, claro; Jesus Cristo; o ambiente; Todos os Santos; os mortos; mas também aqueles e aquelas com quem vivemos, nossos contemporâneos, toda a humanidade. 
Estamos unidos a todos eles, através do tempo e do espaço, em grande comunhão. Com Zaqueu, humilde servo (embora funcionário rico!), podemos encontrar Cristo Ressuscitado que nos precede e nos congrega diariamente em nossa casa: «Hoje, devo ficar em tua casa». 
Na eucaristia deste domingo, entoemos estas palavras como um refrão; e deixemo-nos invadir pela presença de Cristo e pela alegria que transborda do nosso coração.

OS DEFUNTOS

No dia 2 de novembro, a Igreja Católica coloca os defuntos no coração da sua oração litúrgica; e, assim, recorda-nos que há em Cristo morto e ressuscitado uma mútua ligação e solidariedade entre os vivos e os mortos de todos os tempos. Escutemos, nesta perspetiva, o que Jesus diz a Zaqueu: ««Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido». Em união com toda a Igreja, hoje, rezo «para Glória de Deus e Salvação do Mundo».

 TODOS OS SANTOS

Hoje, solenidade de Todos os Santos. Tomemos o exemplo de Zaqueu que aponta claramente o seu caminho de santidade ao dizer: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Podemos pensar que não interfere connosco: outro tempo, outros costumes, outras realidades, outro mundo... Que tolice! Tomo tempo para perceber o que representa esta forma de relacionamento e dom de si. Depois, pergunto-me qual é, ou qual pode ser, hoje, para mim, o caminho da santidade.
S. Paulo, exemplo de amor a Cristo

Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta quinta-feira, na Capela São Sebastião, no interior da Basílica Vaticana, onde está sepultado o bem-aventurado João Paulo II.
Todas as quintas-feiras, um grupo de fiéis poloneses participa da celebração Eucarística, na Capela São Sebastião, onde descansam os restos mortais de seu compatriota Karol Wojtyla. Mas, hoje, a celebração foi presidida pelo Papa Francisco, que pronunciou uma homilia, partindo das leituras da Liturgia do dia.
Em sua reflexão, o Santo Padre destacou dois aspectos principais: a “segurança de São Paulo”, em relação ao amor a Cristo, e a “tristeza de Jesus” em relação a Jerusalém.
A respeito da “segurança de Paulo”, o Bispo de Roma citou as palavras do próprio Apóstolo: “Ninguém poderá me separar do amor de Cristo”, Com efeito, Paulo amava tanto o Senhor, porque o havia visto, encontrado e mudado a sua vida por ele, a ponto de declarar este seu amor inseparável a Cristo. 
Por causa deste amor, o Senhor tornou-se o centro da sua vida; nada o separou do amor a Cristo: nem as perseguições, as enfermidades, as traições, todas as vicissitudes da sua vida. O amor a Cristo era seu ponto de referência. E o Papa acrescentou:
Sem o amor de Cristo, sem viver este amor, sem reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não podemos ser cristãos. O cristão é aquele que se sente atraído pelo olhar do Senhor, se sente amado e salvo pelo Senhor até o fim”.
Depois desta relação de amor de Paulo com Cristo, o Pontífice citou um segundo aspecto, extraído da Liturgia da Palavra de hoje: a “tristeza de Jesus” ao olhar Jerusalém e ao chorar por ela. Jerusalém não havia entendido o amor e a ternura de Deus. Ela não soube ser fiel a Jesus, não se deixou amar e tampouco amou o Senhor. Aliás, o rejeitou. E o Papa explicou:
Estes dois ícones de hoje: por um lado, Paulo, que permaneceu fiel ao amor de Jesus, até o fim, suportando tudo por amor. Não obstante, sentia-se pecador, mas, ao mesmo tempo amado pelo Senhor. Por outro, a cidade e o povo infiel, que não aceita o amor de Jesus ou o aceita à metade, segundo a própria conveniência”.
Por isso, o Bispo de Roma exortou os fiéis presentes na celebração Eucarística, a imitarem a figura de São Paulo, a sua coragem, que vem do amor a Jesus; a contemplarem a fidelidade do Apóstolo e a infidelidade de Jerusalém. E concluiu: que o bem-aventurado João Paulo II nos ajude a imitar o amor que o Apóstolo Paulo nutria por Jesus. (Sedoc-MT)