sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Café espirituoso... avance...

Vou abrir um espaço a que vou dar o nome de CAFÉ ESPIRITUOSO" Nele podem participar todos os que passam por este espaço de partilha. Enviem vossas mensagens com sabor adocicado de um café bem forte carregado de espiritualidade, exortação e conselho para o mail: sementesdeamor.migalhas41@gmail.com
Fico à vossa espera, para a tertúlia deste café saboroso que nos animará em Cristo...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Senhor da transformação...

Senhor da transformação

Prosseguem as Tuas ameaças contra os doutores da Lei. As interjeições continuam carregadas de recriminação e vêm dizer-nos que desta forma não vamos a lado nenhum, mas só em Ti podemos compreender as motivações profundas que Te movem para Te expressares desta forma. Os Teus “ai de vós!” levam-te a tecer considerações graves acerca da conduta errada dos seres humanos.

Há um convite forte a vivermos a escuta da Palavra e ao cumprimento pleno da mesma. Para Ti, Senhor da transformação, vale não a ciência, mas a compreensão dos sinais dos tempos, tempos de escatologia, tempo de visita permanente de Deus nas pessoas e na missão.

Arranca as máscaras da respeitabilidade que tantas vezes exigimos. Afasta de nós o farisaísmo que nos destrói. Os remédios humanos são por vezes enganosos, mas os Teus, cortam o mal pela raiz. Tu, és o nosso projecto e proposta de verdade, de justiça e de amor. Tu despertas a humanidade adormecida, indicando caminhos novos e metas de renovação.
Liberta-nos do tradicionalismo cómodo. Que a missão que nos confias seja provocadora dos Teus sinais de amor. Concede-nos a força para cumprir e proclamar a Palavra Redentora.
Que a Tua voz ressoe em toda a terra e que só em Ti encontre a gratificação e a segurança para a dureza da nossa vida.

É licito pensar que a realidade do reencontro contigo, nos transforme. O coração pouco justo fica privado da Tua graça e só ela nos impulsiona interiormente.
Tu nos amas incondicionalmente e continuas a arriscar a vida por nós.
Como é deslumbrante o Teu amor! Como é suave e doce o Teu Espírito! Que a Tua luz nos ilumine, que o nosso coração se transforme, que as reviravoltas aconteçam e dêem sentido novo às trepidações e incertezas que atrapalham a vontade de prosseguir este caminho novo que nos indicas a cada instante.

Que do mais fundo do coração surja o incentivo da Evangelização, que o Teu Reino faça as nossas delícias e na união de esforços e vontades tudo se concretize na sempre nova e radiosa aurora.




Ai de vós...

Evangelho segundo S. Lucas 11,47-54.

Naquele tempo, disse O Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, que edificais os túmulos dos profetas, quando os vossos pais é que os mataram!
Assim, dais testemunho e aprovação aos actos dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós edificais-lhes sepulcros. Por isso mesmo é que a Sabedoria de Deus disse: 'Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão,
a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração.
Ai de vós, doutores da Lei, porque vos apoderastes da chave da ciência: vós próprios não entrastes e impedistes a entrada àqueles que queriam entrar!»
Quando saiu dali, os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-lo fortemente com perguntas e a fazê-lo falar sobre muitos assuntos, armando-lhe ciladas e procurando apanhar-lhe alguma palavra para o acusarem.

«Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente»

Os que derramaram o sangue de Cristo não o fizeram para apagar os pecados do mundo. [...] Mas, inconscientemente, serviram o plano de salvação. A salvação do mundo, que se seguiu, não se realizou, nem pelo seu poder, nem pela sua vontade, nem pela sua intenção, nem pelo seu acto, mas veio do poder, da vontade, da intenção, do acto de Deus. Nesta efusão de sangue, com efeito, o ódio dos perseguidores não era só à obra, mas também ao amor do Salvador. O ódio fez o seu trabalho de ódio, o amor fez a sua obra de amor. Não foi o ódio, mas o amor que realizou a salvação. Ao derramar o sangue de Cristo, o ódio derramou-se a si próprio, «a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações» (Lc 2,35). Também o amor, ao verter o sangue de Cristo, se verteu a si próprio, para que o homem soubesse como Deus o amava: «não poupou o próprio Filho» (Rom 8,32); «porque Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho único» (Jo 3,16).

Este Filho único foi oferecido, não porque os Seus inimigos prevaleceram, mas porque Ele próprio o quis. «Amou os seus e amou-os até ao fim» (Jo 13,1). O fim é a morte, aceite por aqueles que ama: eis o fim de toda a perfeição, o fim do amor perfeito. «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Senhor da interpelação...

Senhor da interpelação

Contemplo no silêncio os sinais do Teu amor. Deixo-me embeber pelas Tuas Palavras que continuam a meu ver assustadoras.
A intuição dos símbolos é concretizável quando percebo a Tua interjeição: “Ai de vós!” 


Usas vocábulos de sementes lançadas à terra e o gosto e o perfume da hortelã estão presentes para lembrar que todas estas coisas são passageiras, mas estão em primeiro lugar sobrepondo-se à justiça e ao amor de Deus. 
Onde está o essencial da vida? No fingimento? Afinal, vens dizer-me que não é nada disso, vens afirmar que o ritual da Lei observada pelos doutores é efémero, daí a recomendação: “ não alimentar o ódio, nem praticar a injustiça”…
Preciso de compreender a Tua Palavra. As minhas acções têm de condizer com a vida, não pode haver censura para com os outros… não posso esperar simpatias e primeiros lugares, nada de intenções ambíguas, formais. É necessário definir a procura da justiça e do Teu infinito amor.

A interjeição de dor, de origem profética dirigida à religiosidade farisaica, é a mesma para mim nas horas menos fiéis da vida, quando ponho em questão a justiça, o amor e a verdade que brotam da Tua Palavra.
Ensinas-me o caminho que leva à mudança do coração. Ensinas-me que não devo ser causa de ruína para ninguém. Tudo na vida tem de ser puro e nunca caiado, enganoso e irreal. Tudo tem de ser revestido de autenticidade. O amor é fruto do empenho responsável, é fruto da obra do Espírito que dá vida.

Só em Ti refaço o meu cansaço. Só em Ti descubro a beleza da Lei do Amor que me renova no mais profundo deste ser que criaste para Ti. Em Ti, descubro o refúgio para o sufoco que me engasga e impede de respirar. Em Ti encontro o cajado forte e seguro que me apoia nas quedas que quase nem têm conta.

Hoje, no meu tempo, estarei pronta para Te escutar, para prestar atenção à Justiça, ao Amor, à verdade e à sinceridade de vida. Entabulo o diálogo amigável que me leva nem sei onde nem como explicar. Que a simpatia e o gozo que sinto face ao Verbo Encarnado na Palavra que leio, rezo e medito, sejam o motivo forte da minha renovação e conversão. Que as recomendações que dela recebo, me levem a olhar para o meu semelhante. 


Que no silêncio interior do coração que habitas eu eleve a minha alma para Ti e a sacie com a água da Vida, para Te poder transmitir com Fé, com Justiça, com Caridade e com Verdade.

Ai de Vós...

Evangelho segundo S. Lucas 11,42-46.

Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as coisas que devíeis praticar, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de ser cumprimentados nas praças!

Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!» Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.»
Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como Fazer a Lectio Divina... Aprenda...Pratique...

 Leitura orante da Bíblia, ou LECTIO DIVINA , é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir desta oração, conscientes do plano de Deus e sua vontade, podemos produzir os frutos espirituais em nossa vida.
A LECTIO DIVINA é deixar-se envolver pelo plano amoroso e libertador de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia, em seu período de aridez espiritual, que quando os livros espirituais não lhe diziam mais nada, ela buscava no Evangelho o alimento da sua alma.

Como fazer a LECTIO DIVINA?

A LECTIO DIVINA tradicionalmente é uma oração individual, porém, podemos fazê-la em grupos. O importante é rezar com a Palavra de Deus lembrando o que dizem os bispos católicos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica, que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Os monges diziam que a LECTIO DIVINA é a escada espiritual dos monges, mas é também a de todo cristão!

Quais os passos da LECTIO DIVINA?

1) Oração inicial: Comece invocando o Espírito Santo, que nos faz conhecer e querer fazer a vontade de Deus. Reze, por exemplo, com a seguinte oração:
«Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. - Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.»

2) Leitura da Palavra de Deus: Leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Bíblia (aconselhamos que nas primeiras vezes utilize-se os textos dos Evangelhos, por serem mais familiares a todos). Se for preciso, leia o texto quantas vezes forem necessárias.
Procure identificar as coisas importantes deste trecho da Bíblia: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. Você conhece algum outro trecho que seja parecido com este que leu? É importante que você identifique tudo isto com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. É um momento para conhecer e reconhecer a Boa Notícia que este trecho nos traz!

3) Meditar a Palavra de Deus: É o momento de descobrir os valores e as mensagens espirituais da Palavra de Deus: é hora de saborear a Palavra de Deus e não apenas estudá-la. Você, diante de Deus, deve confrontar este trecho com a sua vida. Feche os olhos, isto pode ajudar. É preciso concentrar-se!

4) Rezar a Palavra de Deus: Toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. É um diálogo pessoal! Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai no coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade.
5) Contemplar a Palavra: Desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranqüilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus!

6) Conservar a Palavra de Deus na vida: Leve a Palavra de Deus e o fruto desta oração para a sua vida. Produza os frutos da Palavra de Deus semeada no seu coração, frutos como: paz, sorriso, decisão, caridade, bondade, etc... Não se preocupe se alguma coisa não for bem, um dos frutos da Palavra de Deus é a noção do erro e a conversão pela sua misericórdia. O importante é que a semente da Palavra de Deus produza frutos, se 30, 60 ou 100 por um... o importante é que produza, e que o Povo de Deus possa ser alimentado pelos testemunhos de fé, esperança e amor na vivência de um cristianismo sincero.

Termine com a oração do Pai Nosso, consciente de querer viver a mensagem do Reino de Deus e fazer a sua vontade.
Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”.
4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”.
5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”.
6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água.
 
10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!”
11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Nenhum sinal vos será dado a não ser o de Jonas


Sinal de Jonas (Mt 12,38-42; Mc 8,11-12) 
29Como as multidões afluíssem em massa, começou a dizer:
«Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas.
 30Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração.
 31A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão!
32Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»




domingo, 9 de outubro de 2011

Como o Pai me enviou...

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL 2011




«Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21)

Por ocasião do Jubileu do Ano 2000, o Venerável João Paulo II, no início de um novo milénio da era cristã, afirmou com força a necessidade de renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho «com o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 58). É o serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência. Por isso, o mesmo convite ressoa todos os anos na celebração do Dia Missionário Mundial. Com efeito, o anúncio incessante do Evangelho vivifica também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais a fim de que sejam cada vez mais apropriados às novas situações — inclusive as que exigem uma nova evangelização — e animados pelo impulso missionário: «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade cristãs, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 2).
Ide e anunciai
Este objectivo reaviva-se continuamente através da celebração da liturgia, em especial da Eucaristia, que se conclui sempre evocando o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: «Ide...» (Mt 28, 19). A liturgia é sempre uma chamada «do mundo» e um novo início «no mundo» para testemunhar o que se experimentou: o poder salvífico da Palavra de Deus, o poder salvífico do Mistério pascal de Cristo. Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de O anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús. Eles, depois de ter reconhecido o Senhor ao partir o pão, «partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze» e contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho (Lc 24, 33-35). O Papa João Paulo II exortava a estarmos «vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: “Vimos o Senhor”!» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 59).

A todos
Todos os povos são destinatários do anúncio do Evangelho. A Igreja «por sua natureza é missionária, visto que, segundo o desígnio de Deus Pai, tem a sua origem na missão do Filho e na missão do Espírito Santo» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Ad gentes, 2). Esta é «a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar» (Paulo vi, Exort. ap. Evangelii nutiandi, 14). Consequentemente, nunca pode fechar-se em si mesma. Enraíza-se em determinados lugares para ir além. A sua acção, em adesão à palavra de Cristo e sob a influência da sua graça e caridade, faz-se plena e actualmente presente a todos os homens e a todos os povos para os conduzir rumo à fé em Cristo (cf. Ad gentes, 5).

Senhor do Festim...

Senhor do festim…

A Tua forma de falar é enérgica e forte, faz tremer os corações e as Tuas advertências soam em tom de ameaça. As imagens são cheias de sentido e fazem-nos pensar seriamente com o coração, levando-nos a abrir o olhar, analisando a proximidade e a relação contigo.
A Palavra é Tua, a metáfora é também Tua, a estória é elucidativa, e no meio de tanto vocabulário Tu apresentas o Reino dos Céus. São muitas as acções e respostas, e tudo é intercalado com Reis, com servos, com convidados, com festa, banquete e boda…
A Tua mensagem incute força e a sua interpretação leva-nos a tomar decisões, pois, Tu, esperas-nos nesse banquete para o qual precisamos de uma veste capaz de nos revestir interiormente de forma a não sermos enviados embora.
O futuro conquista-se, a vida concretiza-se plenamente quando dizemos sim ao Teu querer, ao Teu convite, à tua provação e provocação. Preciso de fazer da vida uma contínua resposta ao Teu amoroso e gratuito chamamento.
Destinas-nos a Tua comunhão gozosa e festiva, íntima e terna. É verdade, alguns são os chamados, poucos os escolhidos… è verdade, que precisamos de cultivar a semente da Palavra no mais fundo do nosso coração. Precisamos de uma veste nupcial para a eternidade.

Não haverá mais véu de luto, Tu, o Senhor do rosto novo, da luz fulgurante.  Tu, o Senhor em quem confiamos. Tu, o Pastor que nos guia, Tu, o descanso para os nossos cansaços sem regra e desgovernados. Tu, a fortaleza e o ânimo que me traz conforto e segurança, Tu que compensas as minhas necessidades, Tu que me olhas de cima abaixo lançando um convite para o banquete eterno, onde num sim estremecido e profundo refaço a minha aliança contigo o Senhor do festim.

Senhor, do Reino, no festim da vida, surpreende-me com o Teu envio, com a Tua ordem, com o Teu mandato. Sê o prado onde me sacio, a água cristalina que me dá vigor. Sentada à mesa do teu banquete, desejo permanecer presente e continuar a ser do número das escolhidas para festejar e alcançar com a vitória o Teu Reino de Bondade, de Paz, de Justiça e de Amor…