sexta-feira, 15 de novembro de 2013
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura: Ml 3,19-20a
Sl 97
2ª Leitura: 2Ts 3,7-12
Evangelho: Lc 21, 5-19
Sl 97
2ª Leitura: 2Ts 3,7-12
Evangelho: Lc 21, 5-19
A perspectiva final …
Neste penúltimo domingo do ano
litúrgico, a perspectiva final desenha-se com maior nitidez. Os cristãos não
precisam de temer: o Espírito – a força e inteligência de Deus – está com eles,
para se defenderem. Quem permanecer firme, salvar-se-á. Uma idéia secundária,
no evangelho, é a advertência de não correr atrás de qualquer um (por causa da
impaciência).
A relação entre Deus e os
homens continua, hoje, através dos discípulos, que continuam a missão de Jesus através
do seu testemunho de vida. Contudo, como Jesus encontrou resistência, também nós:
seremos perseguidos, presos, torturados, julgados e até mesmo mortos por continuarmos
a acção de Jesus. Mas não devemos ficar preocupados com a própria defesa. O
importante é ter a coragem de permanecermos sempre firmes até o fim.
Não nos cansemo de esperar a Parusia…
Somos exortados a esperar só
em Jesus Cristo glorioso sendo suas testemunhas no mundo. Isto vive-se e
concretiza-se pela oração e pela incansável prática da verdadeira caridade, o
nosso espírito, comungando com o de Cristo, enfrentará com firmeza tudo aquilo
que pretende ser palavra ou instância última e não o é!
Não cruzemos os braços dizendo:
“Se tudo o que fazemos é provisório, então, que adianta?” Quem raciocina assim,
não deveria comer, pois dentro vai ter fome de novo. Paulo responde aos
tessalonicenses que sob alegação da proximidade da Parusia passam seu tempo
numa alienada desocupação: “Quem não trabalha, não coma” (2ª leitura).
A Tua Palavra não passará jamais…
Esta é a nossa certeza, Tu, estás sempre connosco e convidas-nos a pemencer
firmes até ao fim sem dar ouvidos ao alheio. Não podemos deixar que o coração e
a alma fiquem cansados. Contigo, devemos ficar renovados no e pelo Espírito que
nos oferece a fortaleza necessária para vivermos atentos e vigilantes, pois o
Teu Reino vive-se em cada dia e está presente na nossa vida. Continua Senhor a
dar-nos lingua e sabedoria para anunciar com alegria e Esperança a vinda do teu
Reino.
Homilia na Casa
Santa Marta: papa Francisco nos lembra que "o reino de Deus não vem de
modo chamativo",
mas "na sabedoria"
ROMA, 14 de Novembro de 2013
A curiosidade, manifestação humana que em
geral é considerada "louvável" pela cultura moderna e caracterizada
por um excesso de comunicação e de sociabilidade (muitas vezes com pouca
substância), é uma qualidade que tem seus lados escuros.
O papa Francisco, na homilia da missa
desta manhã, definiu o “espírito de curiosidade” como uma atitude que gera
confusão e afasta da sabedoria e da paz de Deus.
A primeira leitura de hoje (Sab
7,22-30.8,1) descreve "o estado de ânimo do homem e da mulher
espiritual" que vivem "na sabedoria do Espírito Santo", que
ajuda "a julgar e tomar decisões de acordo com o coração de Deus",
infundindo sempre "a paz".
A santidade é "o que Deus pede a
Abraão: caminha na minha presença e sê perfeito". Os homens e mulheres que
seguem essa estrada são sábios "porque caminham sob a moção da paciência
de Deus", explicou o papa.
A atitude oposta é a da curiosidade vã,
que, no Evangelho de hoje (Lc 17,20-25 ), encontramos nos fariseus que cercavam
Jesus: "Quando virá o Reino de Deus?", indagavam eles. Essa pergunta
era provocada por um mero espírito de curiosidade, que "nos afasta do
Espírito da sabedoria porque só está interessado nas miudezas, nos boatos, nas
pequenas notícias de todos os dias".
A curiosidade não apenas nos leva para
longe de Deus como também nos faz "falar demais". É uma atitude
"mundana", que "conduz à confusão" e que nos leva a querer
ouvir histórias como "o Senhor está aqui ou está ali", ou "Eu
sei de um tal vidente, um visionário, que recebe cartas de Nossa Senhora,
mensagens de Nossa Senhora". O papa adverte: "Nossa Senhora é Mãe e
não uma gerente dos Correios que fica despachando mensagens todo dia".
O espírito de curiosidade, em suma,
afasta "do Evangelho, do Espírito Santo, da paz e da sabedoria e glória de
Deus, da beleza de Deus".
Jesus, por outro lado, nos lembra que
"o reino de Deus não vem de modo chamativo, mas sim na sabedoria", e
não "na confusão". É emblemático que “Deus não falou com o profeta
Elias no vendaval, na tempestade, mas na brisa suave, na brisa da sabedoria”.
Santa Teresinha do Menino Jesus dizia a
si mesma para "sempre parar diante do espírito de curiosidade".
Quando ouvia histórias dos outros, mesmo desejosa de ouvi-las até o fim, ela
reconhecia que "este não é o espírito de Deus, porque é um espírito de
dispersão, de curiosidade vã".
O Reino de Deus está "no meio de
nós", acrescentou o Santo Padre, e por isso não há necessidade de olhar
para "coisas estranhas" ou "novidades" com mera
"curiosidade mundana". É o Espírito Santo que deve nos levar para
frente, "com a sabedoria que é uma brisa suave", concluiu.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Quinta, 14: O DESCONHECIDO
Alguns
discípulos contemplavam o Templo: a sua beleza e a generosidade das ofertas.
«Tudo será destruído» — retorquiu-lhes Jesus. Eles bem querem saber quando e
como isso vai acontecer! Também eu gostaria de saber o que me vai acontecer ou
como é que a Igreja vai atravessar as dificuldades atuais. Atrevo-me a renunciar
à curiosidade em saber o quando e o como?
na audiência da quarta-feira
Aprofunda sobre o sacramento do Batismo: a
"porta" da fé e a fonte da vida cristã
ROMA, 13 de
Novembro de 2013
Queridos irmãos
e irmãs, bom dia,
No “Credo” nós
dizemos “Creio na Igreja, una”, professamos, isso é, que a Igreja é única e
esta Igreja é em si mesma unidade. Mas se olhamos para a Igreja Católica no
mundo descobrimos que essa compreende quase 3000 dioceses espalhadas em todos
os Continentes: tantas línguas, tantas culturas! Aqui há tantos bispos de
tantas culturas diferentes, de tantos países. Há o bispo de Sri Lanka, o bispo
do Sul da África, um bispo da Índia, há tantos aqui… Bispos da América Latina.
A Igreja está espalhada em todo o mundo! No entanto, as milhares de comunidades
católicas formam uma unidade. Como pode acontecer isto?
1. Uma resposta
sintética encontramos no Catecismo da Igreja Católica, que afirma: a Igreja
Católica espalhada no mundo “tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única
sucessão apostólica, uma comum esperança, a própria caridade” (n. 161). É uma
bela definição, clara, orienta-nos bem. Unidade na fé, na esperança, na
caridade, na unidade nos Sacramentos, no Ministério: são como pilastras que
sustentam e têm juntos o único grande edifício da Igreja. Aonde quer que vamos,
mesmo na menor paróquia, na esquina mais perdida desta terra, há a única
Igreja; nós estamos em casa, estamos em família, estamos entre irmãos e irmãs.
E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja
para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os
asiáticos, uma para os que vivem na Oceania, não, é a mesma em qualquer lugar.
É como em uma família: se pode estar distante, espalhado pelo mundo, mas as
ligações profundas que unem todos os membros da família permanecem firmes
qualquer que seja a distância.
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