sábado, 21 de abril de 2012

Santa Teresa-Benedita da Cruz [Édith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Poesia: paráfrase ao Salmo 45

«O barco chegou imediatamente à terra para onde iam»
Quando as tempestades rebentam
Tu és, Senhor, a nossa força.
Louvar-Te-emos, Deus de fortaleza,
Nosso constante refúgio.
Aguentamos firme junto de Ti,
Em Ti pondo toda a nossa confiança,
Seja a terra abalada,
Esteja o mar encapelando.


Podem as ondas altear e reventar
Podem as montanhas mover-se;
A alegria iluminar-nos-á,
A Cidade de Deus dá-Te graças,
Tens nela a Tua morada,
Preservas a sua santa paz.
E um poderoso rio protege
A sublime morada de Deus.


Agitam-se os povos, em loucura,
Desmorona-se o poder das nações,
Eis que Ele eleva a voz,
A terra ruge, estremecendo,
Mas o Senhor está connosco,
Deus, Senhor dos Exércitos,
Tu és para nós luz e salvação,
Nada temeremos.


Vinde todos, vinde contemplar
Os prodígios do Seu poder:
Todas as guerras se dissipam,
A corda do arco afrouxa.
Lançai no braseiro de fogo
O escudo e a arma de guerra.
Deus, o Senhor dos Exércitos,
Está connosco e socorre-nos na tribulação.


S. João 6,16-21


Ao cair da tarde, os seus discípulos desceram até ao lago
e, subindo para um barco, foram atravessando o lago em direção a Cafarnaum.
Já tinha escurecido e Jesus ainda não fora ter com eles. Soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se.

Depois de terem remado mais ou menos uma légua, avistaram Jesus que se aproximava do barco, caminhando sobre o lago, e tiveram medo.
Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não tenhais medo!»

Quiseram recebê-lo logo no barco, e o barco chegou imediatamente à terra para onde iam.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Senhor da sensibilidade...


Aqui me tens, Senhor. Como o menino dos pães e dos peixes. Confio em Ti e tudo Te ofereço com o pouco que tenho, pois tudo é pertença Tua.
No meio da multidão faminta, eu também tenho fome. Fome da Tua Palavra, do teu amor, da tua bondade.

Um pequeno cesto, mas grande na simplicidade e capaz de conter tanta generosidade! Ofereceu tudo quanto tinha! Traz-me à memória a Tua afirmação: “ quem não for como as crianças, não entrará no Reino dos Céus…”

É mesmo assim? Nem sabes como tem de ser longa a minha peregrinação! Nem calculas a quantidade de sacrifício que necessito de fazer, para ser realmente como as crianças: simples, humilde e livre de preconceitos e de todo o tipo de cadeias que me estrangulam e roubam a vida…

Deixa-me ao menos oferecer-Te este momento de encontro contigo, mesmo que seja breve. Quero oferecer-te as minhas preces, o meu trabalho oculto, os pães da minha vida por inteiro, de forma a que se partam e sejam distribuídos pelos irmãos.

Desejo ser como esse menino do Evangelho, quero confiar, quero experimentar a ternura do poder oferecer-te o nada da minha vida. Ajuda-me a não procurar ocasiões extraordinárias para te entregar o que tenho e o que sou, mas seja o oculto e o silêncio a dar-te o melhor que tenho sem barulhos nem palmas nem glórias.

Sei que para Ti não existe pobreza, pois Tu és riqueza infinita e tudo podes fazer quando há disposição interior e o coração bate mais forte por Ti, o amor eterno e supremo que me faz viver confiante, atenta e disponível para Te levar de alma e coração aos que ainda clamam pelo Pão da Tua Palavra e do Teu Mistério de Amor…

S. João 6,1-15


Naquele tempo, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes.

Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.


Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?»

Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?»

Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil.


Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.


Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca».

quinta-feira, 19 de abril de 2012


«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

Deus dá-nos as Suas graças segundo as necessidades que temos. Deus é uma fonte à qual todos vão buscar água segundo as suas necessidades. 


Como uma pessoa que precisa de seis baldes e traz seis; de três, três; um pássaro que não precise mais do que um golo e é isso que toma; ou um peregrino que sacia a sede com uma mão cheia de água. Acontece-nos o mesmo em relação a Deus.
Devemos sentir uma profunda emoção quando nos fidelizamos à leitura de um capítulo do Novo Testamento e produzimos os correspondentes actos: de adoração, adorando a palavra de Deus e a Sua verdade; entrando nos sentimentos com os quais Nosso Senhor os pronunciou e aceitando essas verdades; decidindo praticar essas mesmas verdades. [...] Devemos sobretudo evitar ler por uma questão de estudo, dizendo: «Esta passagem vai servir-me para esta ou aquela prédica», mas ler apenas para nosso desenvolvimento.

Não nos devemos sentir desencorajados se, depois de o ler várias vezes, um mês, dois meses, seis meses, não nos sentimos tocados. Acontece que um dia veremos uma pequena luz, noutro dia uma maior, e uma maior ainda quando tivermos necessidade dela. Uma só palavra é capaz de nos converter; basta uma.

S. João 3,31-36




Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro; pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida.
O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão.
Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.