sábado, 17 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de maio de 2014
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Homilia do papa Francisco na Casa Santa Marta: as coisas de Deus não podem ser entendidas só com a cabeça
Na homilia desta terça-feira, o Santo Padre nos exorta a pedir a
CIDADE DO VATICANO, 13 de Maio de 2014
As coisas de Deus não podem ser entendidas só com a cabeça: é necessário abrir o coração ao Espírito Santo, disse hoje o papa Francisco, na missa da Casa Santa Marta. O papa recordou que a fé é um dom de Deus, mas não pode ser recebida quando se vive "desvinculado" do seu povo, a Igreja.
O Santo Padre destacou que as leituras do dia nos mostram "dois grupos de pessoas". Na primeira leitura, "aqueles que foram dispersos por causa da perseguição surgida" após a morte de Estêvão. "Eles se dispersaram e levaram a semente do Evangelho a toda parte", disse o pontífice, observando que, no início, eles falavam somente aos judeus. Depois, "de forma natural, alguns deles", chegados de Antioquia, "começaram a falar também aos gregos". E assim, lentamente, "abriram as portas para os gregos, para os pagãos", recordou o Santo Padre.
E quando chegou a notícia a Jerusalém, Barnabé foi enviado a Antioquia "para fazer uma visita de inspeção". O papa prosseguiu explicando que todos "ficaram contentes" porque "uma multidão considerável se uniu ao Senhor". E essa gente "não disse ‘vamos primeiro aos judeus, depois aos gregos, aos pagãos’. Eles se deixaram levar pelo Espírito Santo! Foram dóceis ao Espírito Santo!".
"Uma coisa vem da outra" e eles "acabam abrindo as portas a todos: mesmo aos pagãos, que, na mentalidade deles, eram impuros"; eles "abriam as portas para todos". Este "é o primeiro grupo de pessoas, as que são dóceis ao Espírito Santo". "Algumas vezes, o Espírito Santo nos empurra a fazer coisas fortes: como empurrou Felipe a ir batizar Cornélio".
Francisco explicou: "Às vezes, o Espírito Santo nos leva suavemente. E a virtude é deixar-se levar pelo Espírito Santo, não resistir ao Espírito Santo, ser dócil ao Espírito Santo. E o Espírito Santo age hoje na Igreja, age hoje em nossa vida. Alguém poderia dizer: 'Eu nunca vi!'. Mas fique atento ao que acontece, ao que vem à sua mente, a que vem ao seu coração. Coisas boas? É o Espírito Santo que convida você a seguir esse caminho. É necessária a docilidade! Docilidade ao Espírito Santo".
O Santo Padre falou então do segundo grupo apresentado nas leituras, os "intelectuais, que se aproximam de Jesus no templo: são os doutores da lei". Jesus sempre teve problemas com eles, "porque eles não entendiam: davam voltas em torno das mesmas coisas, porque acreditavam que a religião era só uma coisa de cabeça, de leis". Para eles era necessário "cumprir os mandamentos e nada mais. Não imaginavam que existisse o Espírito Santo". Interrogavam Jesus, "queriam discutir. Tudo estava na cabeça, tudo era intelecto". Francisco recordou que, para essa gente "não há coração, não há amor e a beleza, não há harmonia"; é gente "que só quer explicações".
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Espírito Santo é presença viva
de Deus na Igreja, diz Papa
Francisco
falou sobre a conversão dos primeiros pagãos ao Cristianismo, destacando a
necessidade de sempre abrirmos as portas ao Espírito Santo, que conduz a Igreja
Da Redacção,
com Rádio Vaticano
“Quem somos nós para fechar as portas ao Espírito
Santo?”. Esta pergunta norteou a homilia do Papa Francisco, na Missa desta
segunda-feira, 12, na Casa Santa Marta. Uma reflexão dedicada à conversão dos
primeiros pagãos ao Cristianismo. O Santo Padre destacou que o Espírito de Deus
é aquele que faz a Igreja seguir adiante, indo além dos limites.
O Espírito sopra onde quer, mas uma das tentações mais
recorrentes de quem tem fé é de barrar o caminho d’Ele e tentar conduzi-Lo para
outra direção. Trata-se de uma tentação que não é estranha nem para os
primeiros tempos da Igreja, como demonstra a experiência que vive Simão Pedro,
no trecho dos Atos dos Apóstolos, na liturgia do dia.
Uma comunidade de pagãos acolhe o anúncio do
Evangelho, e Pedro é testemunha ocular da descida do Espírito Santo sobre eles,
mas, primeiro, hesita ter contato com aquilo que tinha sempre considerado como
“impuro”; depois, sofreu duras críticas dos cristãos de Jerusalém,
escandalizados pelo fato de que o seu líder tivesse comido com os
“incircuncisos” e os tivesse batizado. Um momento de crise interna, que o Papa
retoma com certa ironia.
“Aquela era uma coisa que não se podia pensar. Se,
amanhã, chegasse uma expedição de marcianos, por exemplo, e alguns deles
viessem a nós, bem… marcianos, não? Verdes, com aquele nariz longo e orelhas
grandes, como são pintados pelas crianças… E alguém dissesse: “Eu quero o
batismo!” O que aconteceria?”.
Francisco explicou que Pedro compreendeu o erro quando
uma visão lhe iluminou uma verdade fundamental: aquilo que foi purificado por
Deus não pode ser chamado “profano” por ninguém. E ao narrar esses fatos à multidão
que o criticava, o apóstolo, recordou o Papa, tranquiliza a todos com essa
afirmação: “Se, portanto, Deus deu a eles o mesmo dom que deu a nós, por ter
acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para colocar impedimento a
Deus?”.
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