sábado, 7 de setembro de 2013

Palavras do Papa Francisco 
na Vigília de Oração pela Paz
Praça de São Pedro, 
 7 de Setembro de 2013

«Deus viu que isso era bom» (Gn 1,12.18.21.25). A narração bíblica da origem do mundo e da humanidade nos fala de Deus que olha a criação, quase a contemplando, e repete uma e outra vez: isso é bom. Isso nos permite entrar no coração de Deus e recebermos a sua mensagem que procede precisamente do seu íntimo. Podemos nos perguntar: qual é o significado desta mensagem? O que diz esta mensagem para mim, para ti, para todos nós?
Simplesmente nos diz que o nosso mundo, no coração e na mente de Deus, é “casa de harmonia e de paz” e espaço onde todos podem encontrar o seu lugar e sentir-se “em casa”, porque é “isso é bom”. Toda a criação constitui um conjunto harmonioso, bom, mas os seres humanos em particular, criados à imagem e semelhança de Deus, formam uma única família, em que as relações estão marcadas por uma fraternidade real e não simplesmente de palavra: o outro e a outra são o irmão e a irmã que devemos amar, e a relação com Deus, que é amor, fidelidade, bondade, se reflete em todas as relações humanas e dá harmonia para toda a criação. O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro, pelo bem do outro. Esta noite, na reflexão, no jejum, na oração, cada um de nós, todos nós pensamos no profundo de nós mesmos: não é este o mundo que eu desejo? Não é este o mundo que todos levamos no coração? O mundo que queremos não é um mundo de harmonia e de paz, em nós mesmos, nas relações com os outros, nas famílias, nas cidades, nas e entre as nações? E a verdadeira liberdade para escolher entre os caminhos a serem percorridos neste mundo, não é precisamente aquela que está orientada pelo bem de todos e guiada pelo amor?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013


ESCUTA, RENUNCIA E MISSÃO...


Quando o Senhor passa na nossa vida, diz-nos sempre uma palavra e faz- nos uma promessa. Mas pede-nos também para nos despojarmos de algo e confia-nos uma missão. Recordou o Papa Francisco durante a missa celebrada na manhã de quinta-feira 5 de Setembro, na capela da Domus Sanctae Marthae.
Comentando o episódio da «pesca milagrosa» narrada por Lucas (5, 1-11) no trecho evangélico proclamado durante a liturgia, o Pontífice evocou santo Agostinho, o qual «repete uma frase que sempre me comoveu muito. Diz: “Tenho medo quando passa o Senhor”. Por quê? “Porque tenho medo que passe e eu não me dê conta”. E o Senhor passa na nossa vida como aconteceu aqui, na vida de Pedro, de Tiago e de João».
Neste caso, o Senhor passou na vida dos seus discípulos com um milagre. Mas, esclareceu o Papa, «Jesus nem sempre passa na nossa vida com um milagre». Embora, acrescentou ainda, «faz-se sempre ouvir. Sempre. E quando o Senhor passa, acontece sempre o que aconteceu aqui: diz-nos algo, faz-nos sentir algo, depois diz-nos uma palavra, que é uma promessa; pede-nos algo no nosso modo de viver, que deixemos algo, para nos  desprendermos das coisas. Além disso, dá-nos uma missão».
Uma promessa e uma missão...


 “Tenho medo da graça que passa sem que eu perceba.” Com esta citação de Santo Agostinho, o Papa Francisco iniciou a homilia da Missa da manhã desta quinta-feira, celebrada na Casa Santa Marta. O Papa refletiu sobre os modos com os quais Cristo se manifesta na vida de um cristão, comentando o trecho do Evangelho em que Jesus se mostra a Pedro, Tiago e João com o sinal da pesca milagrosa.

Desconcertado, Pedro é confortado por Jesus, que promete fazer dele “pescador de homens”. Depois o convida a deixar tudo para segui-lo e lhe confia uma missão. Ou seja, Deus se manifesta com três atitudes: através de uma promessa, de um pedido de generosidade e de uma missão a realizar.
No caso dos Apóstolos, observou o Papa, o Senhor passou na vida deles com um milagre. Nem sempre assim, contudo Ele está sempre presente:
“Quando o Senhor vem na nossa vida, quando passa no nosso coração, sempre diz uma palavra e uma promessa: ‘Avante... com coragem, sem medo, porque fará isso!’. Ou seja, é um convite à missão, um convite a segui-Lo. Quando ouvimos esta promessa, é porque há algo na nossa vida que devemos corrigir, e o fazemos para segui-Lo mais de perto.”

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Audiência do papa Francisco: 04 de Setembro de 2013)
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Retomamos o caminho das catequeses, depois das férias de Agosto, mas hoje gostaria de vos falar da minha viagem ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. Passou-se mais de um mês, mas considero importante retornar a este evento, e a distância de tempo permite compreender melhor o seu significado.
Antes de tudo desejo agradecer ao Senhor, porque foi Ele que tudo guiou com a sua Providência. Para mim, que venho das Américas, foi um grande presente! E por isso agradeço também a Nossa Senhora Aparecida, que acompanhou toda esta viagem: fiz a peregrinação ao grande Santuário nacional brasileiro, e a sua venerável imagem estava sempre presente no palco da JMJ. Fiquei muito contente com isto, porque Nossa Senhora Aparecida é muito importante para a história da Igreja no Brasil, mas também para toda a América Latina; em Aparecida os bispos latino-americanos e do Caribe vivemos uma Assembleia geral, com o Papa Bento: uma etapa muito significativa do caminho pastoral naquela parte do mundo onde vive a maior parte da Igreja católica.
Apelo de dom Vincenzo Paglia, Presidente do Conselho Pontifício para a Família, às famílias do mundo para participarem da jornada de jejum e oração que o papa Francisco propôs pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo
«A todas as famílias
O convite do papa Francisco a uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria e em todas as nações afetadas pela tragédia da guerra deve ser aceite com muita seriedade e compromisso por parte de todos nós. As imagens veiculadas por todo o mundo e as contínuas notícias trágicas interpelam o nosso coração, a nossa inteligência, a nossa fé. Por esta razão, eu vos convido a aceitar a proposta do papa e a viver esse gesto de oração e jejum mesmo que seja em casa.
Queridos pais, não tenham medo de propor aos vossos filhos um almoço austero e mínimo; será uma oportunidade para lhes explicar o que está a acontecer no mundo e como esses fatos terríveis não nos podem deixar indiferentes. Junto com a dureza das notícias, não se esqueçam de comunicar a esperança da paz oferecida por Jesus ressuscitado, que reconciliou o mundo não através de gestos violentos e vingativos, mas através do dom de Si mesmo.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

"Jesus vence o mal com a humildade", disse o Papa na homilia da manhã

Cidade do Vaticano (RV) - “Sempre, onde estiver Jesus haverá humildade, meiguice e amor”, disse o Papa Francisco na Missa da manhã desta terça, 03, na Casa Santa Marta. O Papa acentuou a distinção entre a “luz tranquila” de Jesus, que fala ao nosso coração, e a “luz do mundo”, uma “luz artificial” que nos torna soberbos e orgulhosos. 
A identidade cristã é “uma identidade da luz, não das trevas”. Francisco desenvolveu sua homilia inspirando-se nas palavras de São Paulo aos primeiros discípulos de Jesus. “Vocês, irmãos, não estão nas trevas, vocês são todos filhos da Luz”. Esta Luz, porém – ressalvou – “não foi muito querida pelo mundo”.
“Jesus veio justamente para nos salvar do pecado, a sua Luz nos salva das trevas”. Por outro lado, “hoje se pensa que podemos receber a luz com tantas coisas científicas e coisas da humanidade”. 
Jesus não precisa de exércitos para vencer o mal,
a sua força é a humildade

Onde está Jesus há humildade, mansidão e amor. Estas as ideias principais que podemos colher da meditação matinal do Papa Francisco na Missa na Capela da Casa de Santa Marta nesta Terça-Feira 3 de Setembro. O Santo Padre deixou claro que Jesus não precisa de exércitos para vencer o mal e partindo das palavras de S. Paulo que se dirige aos discípulos dizendo-lhes que eles não são filhos das trevas mas filhos da luz, o Papa Francisco desenvolveu a sua meditação desta manhã apontando Jesus como a Luz da Paz.“Si può conoscere tutto, si può avere scienza di tutto e questa luce sulle cose. Ma la luce di Gesù è un’altra cosa. Non è una luce dell’ignoranza, no! E’ una luce di sapienza e di saggezza, ma è un’altra cosa che la luce del mondo...

“Pode-se conhecer tudo, pode-se ter a ciência de tudo e esta luz sobre as coisas. Mas a luz de Jesus é outra coisa. Não é uma luz da ignorância, não! É uma luz de sapiência e de sabedoria, mas é outra coisa do que a luz do mundo. A luz que nos oferece o mundo é uma luz artificial, talvez forte, até mais forte como aquela de Jesus, assim como um fogo de artifício, como um flash de uma fotografia. 

VISITA DO PAPA FRANCISCO A ASSIS EM 4 DE OUTUBRO

Acontecerá no dia 4 de Outubro a significativa visita pastoral do Papa Francisco a Assis, local de nascimento do santo padroeiro da Itália que inspirou o nome do Papa. 
A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou ontem o programa da visita.
O dia começará com a saída de helicóptero do Vaticano, marcada para as 07:00 (hora local: 08:00 em Lisboa). O Santo Padre chegará a Assis em torno de 07:45 no campo de Desportos do Instituo Seráfico, onde se encontrará com as crianças portadoras de necessidades especiais e doentes do Instituto.
Uma hora depois, às 8h45, o Papa realizará uma visita privada ao Santuário de São Damião para um breve momento de oração. Em seguida, irá ao Palácio do Bispo para um encontro com os pobres e necessitados, assistidos pela Caritas da cidade. Depois, o Papa vai de carro para a Basílica Superior de São Francisco, onde será recebido pelos Frades Menores Conventuais. O Papa Francisco descerá para a cripta, para um momento privado de oração junto do túmulo de São Francisco.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Novo secretário de Estado do Vaticano



O Papa Francisco nomeou hoje o arcebispo italiano Pietro Parolin novo secretário de Estado do Vaticano, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé. 
D. Petro Parolin sucede ao cardeal Tarcisio Bertone que desde 2006 preside à Secretaria de Estado do Vaticano, mantendo-se em funções até ao próximo dia 15 de outubro, realizando em Portugal um dos seus últimos atos oficiais.
Nos dias 12 e 13 de outubro, o cardeal Bertone vai presidir à peregrinação ao Santuário de Fátima, quando a imagem de Nossa Senhora de Fátima venerada na Capelinha das Aparições estará no Vaticano, para uma celebração de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, a pedido do Papa.
No dia 15 de outubro, Francisco via receber em audiência toda a Cúria Romana, onde irá agradecer publicamente “o fiel e generoso serviço prestado à Santa Sé pelo cardeal salesiano”, apresentando D. Pietro Parolin e os seus colaboradores.

REZEMOS PELA PAZ...

Ontem, dia 1 de Setembro, o Papa Francisco, antes da oração mariana do Angelus, deixou-nos este veemente apelo à Paz:
«Hoje, queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.
Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está a acontecer na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

domingo, 1 de setembro de 2013


XXII Domingo Tempo Comum


Naquele tempo, tendo Jesus entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos O observavam.

Observando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, disse-lhes esta parábola:
«Quando fores convidado para um banquete, não ocupes o primeiro lugar; não suceda que tenha sido convidado alguém mais digno do que tu,
venha o que vos convidou, a ti e ao outro, e te diga: 'Cede o teu lugar a este.' Ficarias envergonhado e passarias a ocupar o último lugar.
Mas, quando fores convidado, senta-te no último lugar; e assim, quando vier o que te convidou, há-de dizer-te: 'Amigo, vem mais para cima.' Então, isto será uma honra para ti, aos olhos de todos os que estiverem contigo à mesa.
Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado.»