sexta-feira, 8 de julho de 2011

EIS QUE VOS ENVIO AO MEIO DOS LOBOS....

Quando nos envias para a missão, não podemos deixar de lado a sabedoria que nos vem do Alto. Precisamos da sabedoria da coragem, da simplicidade, que implica a fidelidade até ao fim. Precisamos da prudência de forma a não criar o conflito que destoi e rouba a Paz.
Tu, Senhor, conduzes a barca do nosso destino, e sabes que o sofrimento por vezes traz força e maturação. Precisamos de ser perseverantes, capazes de lutar contra as dificuldades.
Precisamos de sair ao encontro dos que estão afastados, dos que até são capazes de nos vender. Atreladas ao Teu carro, avançamos para a longa viagem que tem o nome de missão.
Se nos perseguirem, nada temos a temer, pois vais connosco, se nos levarem aos tribunais, Tu serás o nosso Juíz, Se nos açoitarem, Tu, aliviarás a nossa dor, se nos entregarem às autoridades, Tu serás o nosso defenso.
Com o Teu Espírito, tudo se realizará, com a força da Tua Palavra, ensinaremos nas praças e cuidaremos de dar mais testemunho de vida. O Espírito da verdade nos conduzirá, há-de lembrar-nos de todas as coisas que nos falas e ensinas. Tu nos conduzirás à Terra Prometida e derramarás sobre nós a Tua benção. A Tua proteção dar-nos-á a coragem necessária para Te anunciar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

RECEBESTES DE GRAÇA, DAI DE GRAÇA

S. Mateus 10,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento. Em qualquer cidade ou aldeia onde entrardes, procurai saber se há nela alguém que seja digno, e permanecei em sua casa até partirdes. Ao entrardes numa casa, saudai-a. Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela; se não for digna, volte para vós.
Se alguém não vos receber nem escutar as vossas palavras, ao sair dessa casa ou dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo: No dia do juízo, haverá menos rigor para a terra de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade.»

 Senhor da Tolerância

Rezo-Te nesta manhã as manifestações de alegria do Teu Reino. Nele, sinto-me confortada e ao mesmo tempo sacudida para cuidar com esmero o meu testemunho que deve ser mais fecundo, mais perseverante, cativante e convincente. Contigo, também me comovo face aos sentimentos de nobreza vindos dos irmãos que me dás. Mantenho no meu íntimo o amor que sempre perdoa, une e congrega.
És um Deus próximo, és doador de todos os dons e graças. O serviço e o bem comum devem ser objectos da minha entrega. Hoje és para mim o Senhor da tolerância que em Ti é desconcertante. Se Te pedir que me faças também tolerante como Tu, é porque necessito deste dom. Preciso de deixar de lado tudo o que é impedimento ao Teu seguimento e ao anúncio da Tua Palavra. Quero ser instrumento de libertação, quero viver o desapego para descobrir em cada hora a importância do que significa comprometer-me com o Teu Reino. Que em meu coração e em meus lábios nunca brotem palavras impensadas e que o sim, viva sempre em mim. Capaz de correr montes e vales, quero sair ao encontro da felicidade.
Rezo mais uma vez a Tua proximidade, a Tua paz, a Tua serenidade, a Tua tolerância. Rezo em cada instante da minha vida as Tuas maravilhas. Rezo a alegria de me sentir curada e purificada por Ti. A Tua Palavra sempre me seduz. Quando percebo a grandeza do: “Recebestes de graça, dai de graça”, nada, mais posso querer a não ser realizar este preceito na vida. O Teu convite ao desprendimento, faz-me rezar profundamente este não ter nada, este dar a vida sem nada esperar em troca. A Tua Palavra, faz-me rezar a minha pobreza e exclamar: Nada quero ter de próprio, mas Tudo é Teu e dos irmãos.
Olho a Tua hospitalidade, respiro a Tua paz e assim refaço o Teu convite e na minha mochila vai apenas o vocábulo: serviço, dom, doação, hospitalidade e serenidade. Rezo-Te a alegria de saber que vives em mim e que nas canseiras e labutas diárias, Tu estás por perto. Se na vida surgirem as contrariedades, e a escuridão tomar conta de mim, vem depressa curar-me e purificar-me, expulsando esse maligno que tenta minar a minha fé.
Que a minha vida sinta a epifania do Teu Reino que é Verdade, Justiça, Amor, Paz e Perdão. Com um simples olhar, contemplo José e seus irmãos. Mas que quadro! Mas que exemplo de vida! Nele fica a leitura imediata dos Teus sentimentos para comigo.
Sinto a Tua proximidade, o Teu abraço, as Tuas lágrimas, o Teu perdão que confere vida em abundância, a Tua humildade, a Tua pobreza, e a simplicidade que impulsionam para a luta porque renovada por Ti.
Vivendo cada vez mais a Tua Palavra, releio com amor os Teus Mistérios, esforço-me para possas realizar em mim os Teus planos. Rezo-Te neste dia para que imprimas em mim a Tua Luz e Força para ser como Tu: Tolerante, desprendida e pacífica.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

IDE.. PROCLAMAI O REINO DO CÉU...

S. Mateus 10,1-7.

Naquele tempo, Jesus chamou a Si os seus doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades.
São estes os nomes dos doze Apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que o traiu. Jesus enviou estes doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: «Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto
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Senhor da bondade
Hoje, rezo a Tua bondade, a Tua clemência e a realidade que vivo ao sentir-me enviada por Ti para a missão. Compreendo aos poucos a Tua Palavra e sei que nunca me abandonas e no justo momento antes que o perigo surja, Tu, estás lá com a Tua providencia. Hoje, rezo-Te a predilecção que tens por mim, pois, sabes, que necessito da Tua ternura incondicional que me enriquece, me dá graça e me faz mais acolhedora da Tua Palavra Salvadora.
Sou grão de trigo amontoado no celeiro, pronto a ser esmagado para dar vida. Reconheço-Te como o meu Senhor e o meu Deus, mas tenho momentos de uma fraqueza sem explicação. Só em Ti me sinto forte e segura para dar passos ainda que pequenos. Mas também reconheço que mesmo olhando para a minha fraqueza, Tu me envias em missão e o imperativo do anúncio, é urgente e percebo que é a máxima do ser Tua discípula, esse grãozinho que rola e brilha com o ouro da caridade, da verdade, da justiça e da humildade. Os entre laços da minha história precisam de adaptação a cada situação particular do nada que sou.
É tempo de Te procurar, é tempo de escancarar o celeiro do coração, é tempo de viver uma realidade nova, mais fogosa e operante no anúncio alegre da Tua Palavra. É tempo de me deixar encontrar por Ti. Abrir as mãos e repetir: Eis-me para o que Te aprouver. É tempo de maturar na Fé, é tempo de respirar o ar purificador de momentos cinzentos e carbonizados pelos desencantos da vida.
O Teu Reino caminha, eu caminho, a passo lento mas com ritmo ofegante e com um forte desejo de alcançar a meta. O Teu Reino avança fortalecido pelo Espírito que repousa sobre mim e me pede insistentemente que abra as portadas da minha casa fechada ao SENHORIO que bate e deseja entrar.
Senhor da bondade, não Te canses de me convocar, de me procurar, de me oferecer a vida em abundância essa, mesma, que brota da Tua Palavra, qual Fonte de água Viva. Tremo  ao pensar que hoje, entrarei num caminho de mais exigência e a terra estrangeira surge, o sol ardente queima e nem uma migalha sobra para dar vida à minha tão pobre vida! Do Egipto para Canaã, é uma vida que parece não ter fim, mas é o caminho certo para a felicidade.
Faz-me trigo novo, celeiro escancarado, convertido em amor para os irmãos. Faz do meu coração o grão de trigo do Teu Reino que no tempo da vida, vai dar fruto e rebentar em vida nova.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A MESSE É GRANDE...

S. Mateus 9,32-38.
Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo, possesso do demónio.
Depois que o demónio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.» Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios.»

Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»

Senhor da Misericórdia...

A vida é um mistério! Tanta canseira, tanta escravidão do tempo, tanto desamor! A vida, por vezes, apresenta-se enigmática, sem soluções à vista para dar respostas que permaneçam e marquem definitivamente a humanidade. Sabes, Senhor, hoje, olho-Te como o Senhor da bondade, da misericórdia. Esse Teu compadecer-se da multidão porque estava cansada e abatida, é encantador! Dá-me a coragem para encontrar a minha felicidade nas Tuas Palavras de Consolação.
Gosto de pensar, que Tu, és o Senhor que abençoa e que entre mil sinais, surge o sinal do amor que não se iguala a nenhum outro… Mas deixa-me expressar o que sinto e onde me encontro no hoje da minha vida. Sabes, sou de novo Jacob.
Ontem contemplava, hoje luto e a minha luta acontece contigo, porque os temores e fracassos da vida, levam-me a questionar-Te seriamente porque me fazes estas coisas. Então a luta acontece, mas peço-Te que não me largues, mas em cada segundo da vida, me abençoes e protejas. Sei que tens um projecto sempre novo para mim.
Que o meu corpo descanse em Ti, que o meu coração bata por Ti, que o meu QI deixe que faças nele as Tuas passeatas de forma a corrigir o que está prestes a desviar-se, para que depois não fiquem cicatrizes, nem mazelas que o tornem cada vez mais apagado e sem criatividade. Põe no lugar o que está desarrumado, que o inútil se trone útil, o inflexível em flexível, as incertezas em certezas e factos concretos… Sei lá o que mais…
Senhor da Misericórdia,
quando estiver possuída pelo mal liberta-me dessa escravidão, afasta de mim o cansaço e as cadeias que roubam as oportunidades de viver um crescimento contínuo na linha do Teu seguimento.
Olha as multidões de novo. Sabias que estou lá?
Sabias que sou das que estão cansadas e abatidas?
Sabias que pareço mais uma ovelha sem guia?
Preciso da ventania do sopro divino que me faz tanta falta para sacudir o pó que pousa sobre mim.
A minha vida fica travada porque o travão do amor quebrou das tantas descidas e subidas que desfizeram a corrente do amor e rebentaram a força que ele tem sobre quem se deixa encantar por Ti.
 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

TEM CONFIANÇA...

Evangelho segundo S. Mateus 9,18-26.
Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d'Ele e disse: «A minha filha acaba de falecer. Mas, vem impor a mão sobre ela e viverá.» Jesus, levantando-se, seguiu o com os discípulos. Então, uma mulher, que padecia de uma hemorragia há doze anos, aproximou se dele por trás e tocou-lhe na orla do manto, pois pensava consigo: 'Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada. Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse-lhe: «Filha, tem confiança, a tua fé te salvou.» E, naquele mesmo instante, a mulher ficou curada. Quando chegou a casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em grande alarido, disse: «Retirai-vos, porque a menina não está morta: dorme.» Mas riam-se dele.  Retirada a multidão, Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se. A notícia espalhou-se logo por toda aquela terra.
Senhor da Confiança
Fico surpresa ao dar-me conta de que mais que nunca a estreiteza do meu coração é pequena para abarcar todos os Teus mistérios de amor! Fico atónita, sem perceber os Teus planos a meu respeito. Quero ser instrumento capaz de estabelecer a Paz e viver uma Fé adulta e madura contigo e com a humanidade que precisa de vida e de uma liberdade que não seja escravizante. Como é deslumbrante a Tua Palavra! És um Deus presente e sinto que me repetes como a Jacob: “Estou contigo… guardar-te-ei por onde quer que vás… nunca te abandonarei…” Não é sonho, é realidade e eu durmo em cima da pedra e também eu contemplo a Tua presença nessa escada maravilhosa de irmãos que me dás, sendo a muleta que me leva à santidade… Na travessia da minha vida descubro cada vez mais o Teu amor.
Torna-me livre, Senhor para transformar os meus lugares na Tua morada. Desventra o meu ser para que ele viva em sintonia com o Teu projecto salvador. Tu, és o agente principal da minha vida. Tu, és bênção para o meu nada…
Tu, és o senhor em quem confio inteiramente. À sombra das Tuas asas procuro abrigo, protecção e refúgio. Florescem viçosas as flores da Primavera, elas marcam o tempo fecundo da uma esperança sem fim, é o sonho e o sopro de uma vida nova, que respira um perfume que inebria.
Rezo neste dia a alegria de Te saber próximo. Peço-Te que me tornes próxima de quantos respiram o sopro da vida por Ti insuflada. Neste dia e sempre, impõe as Tuas mãos sobre a minha vida inerte sem coragem, nem força para levantar. Que eu nunca hesite no Teu amor que me inspira uma ternurenta confiança. Que o toque do Teu amor, imprima em mim a novidade da vida e curada de tantos males, me transforme em criatura nova.
Senhor, da confiança, os Teus mistérios consolam-me, apesar de nem sempre os assimilar e viver. Senhor da vida, à medida que o tempo passa, sinto-me no meio da multidão e procuro tocar a orla do Teu manto, para que pela Fé, me deixe curar por Ti. Preciso que me tomes pela mão e me reergas da preguiça da vida. Que em mim aconteça a explosão artística, que traz à minha visão as cores de uma harmonia infinda que me recordam festa, promessa e aliança.
Faz-me explodir de amor por Ti, hoje e sempre…