quarta-feira, 15 de maio de 2013


O egoísta é um traidor

Advertência do Papa Francisco durante a missa 
celebrada na capela da Casa Santa Marta
Precisamos de um “coração aberto”, que seja capaz de amar, afirmou o Papa Francisco na homilia da missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta. O Papa advertiu para a atitude de egoísmo que, como aconteceu com Judas, leva ao isolamento da própria consciência e, por fim, à traição.
A Missa foi concelebrada pelo Arcebispo de Medellín, Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, participaram funcionários dos Museus Vaticanos e alunos do Pontifício Colégio Português, conforme informa a Rádio Vaticana.
Se verdadeiramente queremos seguir Jesus, devemos “viver a vida como dom “que se “dá aos outros” e “não um dom para se conservar” - destacou. Papa Francisco prosseguiu falando do contraste entre o caminho do amor e o do egoísmo.

A liturgia de hoje mostra também a atitude oposta: Judas não teve consciência desse dom. “Pensemos naquele momento quando Madalena lava os pés de Jesus com o nardo, tão caro: é um momento religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele se afasta e critica amargamente: ‘Mas … isso poderia ser usado para os pobres!’. Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não sabe doar-se”.
Judas - acrescentou Francisco- se afastou. E essa atitude leva ao isolamento da própria consciência e, por fim, à traição. 
Quem “dá a vida por amor, jamais está só: está sempre em comunidade, em família”. Quem “isola a sua consciência no egoísmo”, no final “a perde”. Foi o que aconteceu com Judas-disse o Papa-que “era um idolatra, afeiçoado ao dinheiro”.
“E essa idolatria o levou a isolar-se da comunidade, dos demais. Este é o drama de quem se isola, também isola a sua consciência do sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos dá. Ao invés, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como Jesus diz, a encontra, reencontra-a plenamente. João nos diz que “Satanás entrou no coração de Judas’. E Satanás sempre nos engana: sempre!”
Mas Jesus ama sempre e sempre se doa. E este seu dom de amor, disse o Papa, nos leva a amar “para dar fruto. E o fruto permanece”.
O Pontífice concluiu sua homilia com uma invocação ao Espírito Santo: “Nesses dias em que aguardamos a festa do Espírito Santo, peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me este coração grande, este coração que seja capaz de amar com humildade. E que nos liberte sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que não tem bom fim. Peçamos esta graça”. 
(Tradução do Italiano por ZENIT)

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