segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Rumo ao Ano da Fé: uma nova porta para o concílio

Biblista dom Carlo Ghidelli começa a escrever no Mensageiro de Santo António


Um grande nome passa a enriquecer ainda mais as páginas do Mensageiro de Santo António, revista difusa em mais de 160 países e publicada em sete idiomas: é dom Carlo Ghidelli, arcebispo emérito de Lanciano-Ortona, reconhecido biblista e autor de numerosas publicações sobre as Sagradas Escrituras.
Dom Ghidelli ajudará os leitores da revista a caminharem conscientemente “Rumo ao Ano da Fé”: este é o título da nova sessão assinada por ele, que começa a ser publicada em 11 de outubro. A data coincide com o cinquentenário da abertura do concílio Vaticano II.
O prelado comentará, com sua reconhecida profundidade, a carta escrita por Bento XVI em forma de motu proprio intitulada Porta fidei.

A Porta fidei indica muito claramente o significado e o propósito do Ano da Fé, em que seremos chamados não só a renovar o nosso ato de fé, mas também a demonstrar a fé que professamos na vida que vivemos.
O arcebispo emérito de Lanciano-Ortona enfatiza neste mês uma passagem do texto da carta apostólica de Bento XVI: "Considerei que lançar o Ano da Fé no quinquagésimo aniversário de abertura do concílio Vaticano II pode ser uma propícia oportunidade para entender que os textos legados pelos padres conciliares, nas palavras do beato João Paulo II, ‘não perdem seu valor nem seu brilho’".
“Referindo-se assim aos documentos do concílio, o papa João Paulo II pretendia manifestar e expressar uma convicção pessoal, tendo sido ele próprio padre conciliar e colaborado na elaboração da Gaudium et Spes: a convicção de que nada nem ninguém”, destaca dom Ghidelli, “jamais poderá tirar do concílio o mérito de ter colocado a Igreja em estado sólido de renovação, de acordo com o projeto do papa João XXIII”.

A atualidade dos documentos conciliares pode ser percebida principalmente por aqueles que, através da leitura dos diários do concílio, acompanharam o desenvolvimento das discussões, entre os quais Joseph Ratzinger, então teólogo do arcebispo de Munique.
“O concílio”, diz dom Ghidelli, “foi acima de tudo uma graça, porque levou a Igreja a refletir sobre si mesma e sobre o seu ministério; porque a libertou de tudo o que lhe pesava em excesso; porque a colocou em nova relação com a pessoa de Cristo Senhor e com a Santíssima Trindade; porque a pôs em nova relação com o mundo; porque a renovou na sua consciência missionária”.

“No concílio”, escreve o papa referindo-se a João Paulo II, “encontramos uma bússola segura para nos orientar no século que começa”. “Ela serve principalmente para o capitão do navio: é dele que se espera a indicação autorizada e paterna sobre como navegar nas circunstâncias históricas contemporâneas. Se o concílio foi denifido como uma bússola, devemos considerá-lo assim não apenas em relação ao passado, mas também em relação ao presente e ao futuro da Igreja. Isto é óbvio, mas não menos importante”.
E conclui: “Se tivermos a coragem de seguir as instruções do concílio e torná-las nossas, veremos o reavivamento da Igreja de Cristo como o papa João XXIII augurou

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