terça-feira, 1 de abril de 2014


Angelus: Papa Francisco alerta sobre o perigo da cegueira interior

Antes de rezar o Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa comentou o Evangelho do dia

CIDADE DO VATICANO, 31 de Março de 2014 - Antes de rezar a oração do Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro neste domingo, 30 de março, o Papa Francisco falou da passagem evangélica que retrata a cura, realizada por Jesus,  do homem cego. Eis o texto na íntegra:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

O Evangelho de hoje nos apresenta o episódio do homem cego de nascença, ao qual Jesus doa a visão. A longa história começa com um cego que começa a ver e se fecha – é curioso isto – com as supostas pessoas que veem que continuam a permanecer cegas na alma. O milagre é narrado por João em apenas dois versículos, porque o evangelista quer atrair a atenção não sobre o milagre, mas sobre o que acontece depois, sobre as discussões que suscita; também sobre as fofocas, tantas vezes uma obra boa, uma obra de caridade suscita fofocas e discussões, porque há alguns que não querem ver a verdade. O evangelista João quer atrair a atenção sobre isso que acontece também nos nossos dias quando se faz uma obra boa. O cego curado primeiro é interrogado pela multidão atônita – viram o milagre e o interrogam – depois pelos doutores da lei; e estes interrogam também seus pais. Ao final, o cego curado  chega à fé, e esta é a maior graça que lhe é feita por Jesus: não somente de ver, mas de conhecê-Lo, vê-Lo como “luz do mundo” (Jo 9, 5).

Enquanto o cego se aproximava gradualmente da luz, os doutores da lei, ao contrário, caíam sempre mais em sua cegueira interior. Fechados em suas presunções, acreditam já ter a luz; e por isso não se abrem à verdade de Jesus. Fizeram de tudo para negar a evidência. Colocaram em dúvida a identidade do homem curado; depois negaram a ação de Deus na cura, adotando como desculpa que Deus não age de sábado; chegaram até a duvidar que aquele homem tivesse nascido cego. O seu fechamento à luz torna-se agressivo e acaba na expulsão do homem curado do templo.

Homilia do papa: Francisco alerta sobre os cristãos errantes

O Santo Padre nos pede confiar nas promessas de Deus

Este foi o ensinamento que o papa Francisco extraiu das leituras da missa de hoje e apresentou em sua homilia na capela da Casa Santa Marta.

Há cristãos que confiam nas promessas de Deus e as seguem ao longo da vida. Há outros cuja vida de fé fica estancada. Outros ainda têm a certeza de estar progredindo, mas, na verdade, só fazem “turismo existencial”. O papa distinguiu três tipos de crentes, que têm como comum denominador o fato de saberem que a vida cristã é um percurso, mas que divergem no modo de segui-lo ou que não o seguem de forma nenhuma.

Inspirando-se na passagem de Isaías, da primeira leitura, Francisco explicou que Deus sempre “promete antes de pedir”. E acrescentou que a promessa de Deus é a de uma vida nova, de uma vida de alegria. Este é “o fundamento principal da virtude da esperança: confiar nas promessas de Deus”, sabendo que Ele jamais “decepciona”, já que a essência da vida cristã é “caminhar rumo às promessas”.

Há também os cristãos que sofrem “a tentação de parar”: “Há tantos cristãos parados! Tantos que têm uma esperança frágil! Eles acreditam, sim, que existe o céu e que tudo vai dar certo. É bom que eles acreditem, mas eles não vão atrás! Cumprem os mandamentos, os preceitos: tudo, tudo… Mas ficam parados. Nosso Senhor não pode transformá-los em fermento no povo, porque eles não caminham. E isto é um problema: os cristãos parados. Depois, há outros que erram de caminho: todos nós, de vez em quanto, erramos de caminho, já sabemos disso. O problema não é errar de caminho; o problema é não voltar atrás quando nos damos conta”.

O modelo de quem crê e segue o que a fé indica é o funcionário do rei descrito no Evangelho, que pede a Jesus a cura de um filho doente e não duvida nem mesmo por um instante em ir para casa quando o Mestre lhe assegura que o pedido já está atendido. Oposto a esse homem, afirmou o Santo Padre, temos o grupo “talvez mais perigoso”, o daqueles que “enganam a si mesmos: os que caminham, mas não seguem o caminho”.

“São os cristãos errantes: eles dão voltas e mais voltas, como se a vida fosse um turismo existencial, sem meta, sem levar as promessas a sério. Aqueles que dão voltas e se enganam, porque dizem: ‘Eu estou caminhando!’. Não, você não está caminhando: você está só dando voltas. Os errantes… Nosso Senhor nos pede para não parar, para não errar de caminho e não ficar dando voltas pela vida. Dar voltas pela vida... Ele nos pede para olhar para as promessas, para irmos em frente como aquele homem: aquele homem acreditou na palavra de Jesus! A fé nos coloca no caminho das promessas. A fé nas promessas de Deus”.

Papa Francisco apela à conversão dos cristãos «turistas existenciais» | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco apela à conversão dos cristãos «turistas existenciais» | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Jesus, uma boa notícia | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Jesus, uma boa notícia | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

segunda-feira, 10 de março de 2014

Pobreza espiritual, caminho de vida | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Pobreza espiritual, caminho de vida |

Quaresma: Espiritualidade e missão segundo o papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Quaresma: Espiritualidade e missão segundo o papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Nesta Quaresma aprende a ser pobre

Uma das bem-aventuranças de Jesus, que no Evangelho de Mateus é a primeira (5, 3), diz: «Bem-aventurados os pobres em espírito porque é deles o Reino de Deus».

Uma bem-aventurança é um horizonte. A nossa vida precisa de horizonte. Às vezes parece que a nossa existência acaba nos nossos sapatos, que é a única coisa que vemos quando se tem a cabeça virada para baixo. Não nascemos para viver a olhar para os sapatos, mas para o futuro. Precisamos de sentir que há um projeto, que somos projetados mais além, que tudo não acaba aqui e agora, que o que fazemos não acaba numa tarefa mas é um diálogo com o que está mais longe.

sábado, 8 de março de 2014

I domingo da Quaresma Imprimir e-mail
Ano A
Mt 4,1-11
9 março 2014
de ENZO BIANCHI
 
 

O primeiro domingo da Quaresma apresenta-nos em cada ano litúrgico a narração das tentações de Jesus. Jesus foi  tentado pelo demónio, desde o seu nascimento até à sua morte, como qualquer outro ser humano, frágil, débil, mortal  (cf. Heb 4,15). Mas, neste caso, o Evangelista procura sintetizar num só quadro a relação entre Jesus e o demónio, resumindo em três tentações todas as outras vividas por Jesus, de acordo com um esquema já conhecido de Israel e presente no Antigo Testamento. Um esquema que, para lá do que dele se possa dizer, corresponde àquilo que as ciências humanas, hoje, dizem das paixões, das libidines fundamentais, presentes em cada pessoa. 
A humanidade, representada por Adão e Eva, foi tentada pelo diabo através de um "fruto" que tem significado, não por aquilo que é, mas pelo poder que exerce: "vendo... que o fruto da árvore devia ser bom para comer...", libido amandi, “...de atraente aspeto”, libido possidendi, “...precioso para esclarecer a inteligência”, libido dominandi (Gen 3,6). E, assim, enganada pela sedução da antiga serpente - o adversário, o demónio, Satanás, o príncipe deste mundo - a humanidade aceita ser tentada e conhece o mal e as suas consequências (cf. Gen 3,7). As mesmas seduções repetem-se no deserto de Israel, ao povo de Deus, que, também neste caso, cedeu às tentações.

CONFESIÓN Y ANUNCIO DE LA FE EN EL SIGLO XXI: Relectura de la encíclica “Lumen Fidei” para la Vida Consagrada

CONFESIÓN Y ANUNCIO DE LA FE EN EL SIGLO XXI: Relectura de la encíclica “Lumen Fidei” para la Vida Consagrada

Cerca de tí, Señor (al atardecer del día de santa Cecilia)

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“ACEDIA”: “TRISTEZA SIN ESPERANZA” QUE SOCAVA “EL GOZO DEL EVANGELIO”

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“Não me agrada uma certa mitologia do Papa Francisco” « Franciscanos.org.br

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sábado, 1 de março de 2014


VIII Domingo do Tempo Comum – Ano A

1ª Leitura: Is 49,14-15
Sl 61
2ª Leitura: 1Cor 4,1-5
Evangelho: Mt 6, 24-34

Confiança em Deus

A Tua Palavra é determinante para a nossa vida. Não dás hipótese de seguir dois caminhos paralelos. Só Tu e mais nada. O Teu Reino não admite divisões, exige sim a suprema liberdade, num desprendimento interior grande diante de todo o resto que o mundo nos oferece.Tu convidas a arrancar do nosso coração tudo o que impede a proximidade contigo. Tu convidas a ter plena confiança em Ti.

Não me esquecerei de ti

O teu amor é eterno. Não esqueces as promessas feitas ao Teu povo. És um Deus fiel que ama e perdoa. Só em Ti encontramos repouso, Tu o rochedo da nossa salvação. “Não me esquecerei de Ti.” É verdade em Ti encontramos todo o bem que prolonga a nossa vida que é protegida por Ti e quanto mais rica for em doação, mais valiosa é a Teus olhos. Ensinas-nos a  jogar-nos com toda a confiança nos Teus braços: o Teu amor não desiste de cuidar de nós.

Olhai os líriros do campo… Não vos preocupeis como amanhã…

Apresentas-nos a hipocirisia como perigo para o discípulo que só se preocupa em cumprir a lei. O teu reino exige decisões radicais. Impões o desapego aos tesouros da terra. Daí a não preocupação com o amanhã, mas apenas com o Teu Reino. Dizes-nos que devemos apenas viver preocupados com o Reino de Deus e a sua justiça. Porque nos preocupamos tanto? Cada dia já traz a sua ocupação e nada mais nos deve ocupar a não ser o bem dos outros.

Há algo que esquecemos tantas vezes! Procurar fazer a vontade de Deus. Este deve ser o desejo que preside a todas as nossas ocupações e se assim o fizermos sentiremos a felicidade porque vivemos uma vida desprendida apena confiante na providência divina. Devemos procurar em primeiro lugar o que Deus deseja e o amanhã Ele dirá. Ensinas-nos a liberdade e a simplicidade no serviço do Teu Reino.

Quem procurar estar ao serviço do Teu Reino receberá como graça de Deus as coisas necessárias para viver. A confiança na Tua Providência não é alienante, mas libertadora! Não tira a nossa responsabilidade, mas dá-nos mais liberdade e coragem para assumir a nossa responsabilidade na construção do Reino. Quanto mais confiamos em Ti, tanto mais cresce a nossa responsabilidade.

Livres para o Teu Reino.

Senho, estás presente, não nos deixas sós. Aceita a nossa oferta como gesto de amor. Nada somos, queremos confiar na Tua providência, queremos crescer sem vivermos apegados às coisas passageiras. Nas Tuas mãos depositamos este nada que somos para que faças de nós o que quiseres, criaturas livres para o Teu Reino.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


VI Domingo do Tempo Comum – Ano A

Ser fiel depende de ti... da tua vontade...

 

1ª Leitura: Si 15,15-20
Sl 118
2ª Leitura
: 1Cor 2,6-10
Evangelho:  Mt 5, 17-37



É imensa a Tua Sabedoria…
A Tua sabedoria Senhor é incomparável, o Teu poder é imenso. Conheces o nosso ser e sabes tudo a nosso respeito. Guardar os Teus preceitos, perscrutar a Tua Vontade, traz-nos felicidade. Somos ditosos porque os Teus mandamentos fazem as nossas delícias.

Mostra-nos com a Tua vida, que a plenitude da Palavra completa-se no amor. As Tuas normas são úteis para rever e iluminar a nossa vida, a nossa vocação e missão.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Deus ama-nos de uma forma particular


Foi mesmo com esta certeza que nos reunimos dia 18 e 19 de Janeiro na sede da Delegação, comunidade de Santo António, Cavaco, para rezarmos, partilharmos e reflectirmos sobre a nossa Fé e para olharmos um pouco para a vida e o crescimento da Congregação ao longo dos três anos que passaram desde o Capítulo de 2010 a 2013.
Eramos um total de 22 irmãs. Neste percurso fomos ajudadas pela ir. Glória Veloso a nossa Superiora Geral.
A manhã foi de retiro. A nossa Fé foi por nós avaliada verificando qual a qualidade e o grau onde nos encontramos. A nossa Fé tem de ser mais madura, mais adulta e não uma Fé infantil.
Foram dois dias cheios de riqueza espiritual. No Domingo celebrou connosco o grande amigo, D. Óscar Lino Braga Bispo emérito de Benguela, que nos brindou com palavras de Esperança e de confiança, incentivando-nos a sermos sinais e testemunho alegre do amor de Deus nos lugares onde vivemos. Pediu que não seguíssemos o caminho do materialismo, tornando-nos funcionárias públicas, pensando no vencimento, que ele apelidou como: “demónio” e deixando para traz a vida de oração e a concretização dos nossos compromissos como consagradas.
Disse que o trabalho é importante, mas no seu lugar. Disse-nos: trabalhai mas sem fazer do trabalho a prioridade da vossa vida.
Cantamos e muito bem: “Eu venho Senhor para fazer a vossa vontade”. É mesmo isto que acontece connosco? Então vamos, caminhemos com Fé, com Esperança, sem regatearmos o nosso tempo ao Senhor do Tempo. Com Ele temos tudo, sem Ele não temos nada.
A tarde foi de diálogo e partilha. A grande conclusão é de que todas precisamos de crescer na humildade para que tudo concorra para o nosso bem e bem de todos. O sentido de pertença à Congregação mede-se pela nossa fidelidade ao Carisma, responsabilidade e comunhão vividas nas obras que nos confiam e na vida fraterna que fazemos crescer com harmonia.


Papa Francisco sublinha importância da «humildade», «pequenez» e «mansidão» na espiritualidade cristã | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco sublinha importância da «humildade», «pequenez» e «mansidão» na espiritualidade cristã | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mensagem do Papa Francisco para a celebração do XLVII Dia Mundial da Paz

Mensagem do Papa Francisco para a celebração do XLVII Dia Mundial da Paz

JESUS PALAVRA REVELADA AOS HOMENS....


NATAL DE JESUS
Leituras da 1ª Missa 1ª Leitura: Is 9, 1-6 2ª Leitura: Tt 2,11-14 Evangelho: Lc 2,1-14
Leituras da 2ª Missa 1ª Leitura: Is 62,11-12 2ª Leitura: Tt 3,4-7 Evangelho: Lc 2,15-20
Leituras da 3ª Missa 1ª Leitura: Is 52,7-10 2ª Leitura: Hb 1,1-6 Evangelho: Jo 1, 1-18

Natal é a Palavra de Deus revelada a todos os homens
Natal é a fusão do ontem de Belém, e do hoje sempre novo
Que acolhe com Esperança  a vinda do Senhor!
Graças ao amor do Pai, vemos a Luz, encontramos o gozo,
a alegria e a paz que destrói as barreiras do mal…
Hoje da casa de David, nasce para nós um Menino…
Em pobres palhas, mas livre da riqueza que amarfanha a nossa vida.
Um libertador, um Deus forte, o Emanuel, o Deus connosco…
O Príncipe da Paz, o restaurador da justiça e da verdade.

Natal, encontro da Palavra com o nada do ser humano
Mas a Palavra é-nos entregue com tanta gratuidade pelo nosso Deus!
Pela Palavra somos convidados a levar uma vida digna, sóbria, justa e piedosa…
Que o nosso coração seja esse lugar que Maria procura para deixar que aconteça
O Natal de Jesus na vida da humanidade por Ele resgatada…
José pede-nos para limpar todos os cantinhos, pois esse Menino
Precisa de perceber o brio que existe em nós para O acolher…
Maria faz-nos oferta de Seu Filho para que O Adoremos…
Hoje vamos envolve-lo com as faixas do amor e com o afecto mais puro
Saídos do coração que silenciosamente O quer adorar…
Cantemos de alegria para este Menino, para tanta ternura que os céus

Não conseguem conter… Com vozes simples e humildes adoremos o
Nosso Salvador…
Corramos para a gruta, abramos o coração, acolhamos na humildade o Salvador
Que vem no hoje da nossa vida… não fechemos o que deve permanecer sempre aberto
À graça santificadora do Amor do Pai que se faz Palavra Eterna e vem até nós….
A boa notícia é para todos, sejamos hoje, neste Natal comunicadores da
Alegria do Evangelho de Jesus nosso Messias, Salvador…

Feliz Natal em Cristo nossa Alegria

Natal para Deus, Natal para quem precisa | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Natal para Deus, Natal para quem precisa | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco visitou Bento XVI para lhe transmitir votos natalícios | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco visitou Bento XVI para lhe transmitir votos natalícios | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

domingo, 22 de dezembro de 2013


Livro de Isaías 7,10-14.
Naqueles dias, o Senhor mandou dizer ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede ao SENHOR teu Deus um sinal, quer no fundo dos abismos, quer lá no alto dos céus.»
Acaz respondeu: «Não pedirei tal coisa, não tentarei o SENHOR.»
Isaías respondeu: «Escuta, pois, casa de David: Não vos basta já ser molestos para os homens, senão que também ousais sê-lo para o meu Deus?
Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel.
 
Comentário do dia:

Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense
Sermão 9, da Anunciação do Senhor

«E hão-de chamá-Lo Emanuel»

 
«Emanuel, que que quer dizer: “Deus connosco”.» Sim, Deus connosco! Até aqui era Deus acima de nós, Deus diante de nós, mas hoje Ele é «Emanuel». Hoje, Ele é Deus connosco na nossa natureza e connosco na sua graça; connosco na nossa fraqueza e connosco na sua bondade; connosco na nossa miséria e connosco na sua misericórdia; connosco por amor, connosco por laços de família, connosco por ternura, connosco por compaixão.


Deus connosco! Vós, filhos de Adão, não pudestes subir ao céu para encontrar Deus (Dt 30,12), mas Ele desceu do céu para ser Emanuel, Deus connosco; veio para nossa casa para ser Emanuel, Deus connosco, e nós esquecemo-nos de ir ter com Deus para estar com Ele. «Até quando, ó homens, sereis duros de coração? Porque amais a vaidade e procurais a mentira?» (Sl 4,3) Eis que chegou a Palavra viva e verdadeira: «Porque amais a vaidade?» Eis que chegou a Verdade: «Porque procurais a mentira?» Eis que chegou Deus connosco.


E como poderia Ele estar ainda mais comigo? Pequeno como eu, fraco, nu e pobre como eu, em tudo como eu, tomando do que é meu e dando-me do que é seu, a mim que jazia como morto, sem voz e sem sentidos, nem sequer a luz dos meus olhos. E eis que hoje desceu do céu este Homem tão grande, este «profeta poderoso em palavras e em obras» (Lc 24,19), que colocou o seu rosto sobre o meu, a sua boca sobre a minha, as suas mãos nas minhas mãos (2Rs 4,34) e Se fez Emanuel, Deus connosco!

Peregrinação de Advento | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Peregrinação de Advento | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Francisco visita as crianças no "Hospital do Papa" | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Francisco visita as crianças no "Hospital do Papa" | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

sábado, 21 de dezembro de 2013


IV Domingo do Advento – Ano A

Textos: Isaías 7, 10-14; Romanos 1, 1-7; Mateus 1, 18-24

Um coração feito berço para que Deus nasça em nós e para nós…

Somos convidados a olhar para Maria a ditosa Mãe que trouxe ao mundo o Salvador. Deus é o nosso amado, nós seus eternos amantes. Por Maria Deus faz-se presente na nossa vida na oferta de Jesus Seu dilecto Filho. O mistério do Natal está na beleza da Nova Criação, pois Deus Pai tornou-se nosso próximo mais próximo através da dádiva de Seu Filho Jesus à humanidade.

Fixemos o nosso olhar em Maria. Deixemo-nos encantar por tão feliz gestação! Preparemos o coração para entoar melodiosamente: Ó admirável noite em que nasceu, do seio de Maria o Redentor… Fiquemos com Maria extasiados, invadidos e vencidos pelo Espírito Santo autor de tão grande mistério! É hora de perguntar ao coração: como acolho o Espírito do Senhor na minha vida? Deixo que Ele me fecunde e seja em cada instante comunicadora de Jesus aos que me rodeiam?

Com o Emanuel, tudo, sem Ele nada…

Não podemos viver alheios a tanto amor! Não podemos fingir que nada sabemos acerca do Verbo da Vida, não podemos virar as costas à ternura de Deus para connosco. Não podemos ficar mudos e indiferentes à Sua presença nas nossas vidas. Ele está a nosso lado, Ele caminha connosco e é estrela a orientar nossos passos.

Tão próximo o Natal…

Deixemos que o Emanuel nos possua, sintamos de novo a Sua alegria, tenhamos necessidade de ficar de joelhos adorando-O em pobres palhas deitado. Deixemos que o Emanuel nasça nos nossos sonhos e esperanças, nos nossos projectos e canseiras de cada dia. Deixemos que Ele nos traga de novo a autêntica libertação. Deus é sempre um connosco, está próximo dos corações que Nele se refugiam. Ele palmilha as nossas estradas e mostra-se um Deus de Amor, de confiança e de esperança.

Convite…

Nada de te por à prova Senhor! Neste tempo que resta para saborear de novo a Tua vinda ao coração da humanidade, só queremos mesmo adorar e contemplar o mistério do Amor Divino. Urge tomar consciência de que vens na Tua plenitude e na grandeza infinita do Teu amor! Vens para nos desafiar a não desistir, mas a tomar um coração novo capaz de responder humildemente aos Teus desafios para connosco. Só em Ti podemos mesmo confiar, nada mais nos deve satisfazer. Saibamos fazer a leitura dos Teus sinais de amor semeados nas nossas vidas.

Que em nossas vidas aconteça Natal, que venhas recriar a face da terra e rasgar as nuvens vindo de novo, com ternura e humildade ao coração dos homens.



Encontro com Deus precisa do silêncio e foge da publicidade, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Encontro com Deus precisa do silêncio e foge da publicidade, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Se o homem procura salvar-se sozinho

Se o homem procura salvar-se sozinho

Papa Francisco: a humildade nos torna fecundos, a soberba estéreis

Papa Francisco: a humildade nos torna fecundos, a soberba estéreis

Papa Francisco apela a mais profetismo na Igreja e pede fim do clericalismo e legalismo | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Papa Francisco apela a mais profetismo na Igreja e pede fim do clericalismo e legalismo | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

A humildade é a semente da vida, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

A humildade é a semente da vida, diz papa Francisco | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

«O papa conta convosco»: Francisco escreve aos jovens que passam o ano na peregrinação europeia de Taizé | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

«O papa conta convosco»: Francisco escreve aos jovens que passam o ano na peregrinação europeia de Taizé | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013



Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Calendário de Advento: Para uma audição teológica | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

É sempre possível recomeçar | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

É sempre possível recomeçar | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Porque vieste incomodar-nos? Além da epifania, diafania | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Porque vieste incomodar-nos? Além da epifania, diafania | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
III DOMINGO DO ADVENTO – ANO C
Is 35,1-6a.10
Salmo 145 (146)
Tg 5,7-10
Mt 11,2-11

Somos confrontadas neste domingo tão próximo do Natal com a alegria que nos vem de Deus. No coração daquele que acredita Deus Pai é Esperança, libertação e alegria. É bonita a expressão: “não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está a chegar”. Deus vem até nós para nos introduzir numa vida nova e insuflar-nos o sopro do Espirito que nos fortalece e torna homens e mulheres de esperança.
Rejubile…
Rejubile e alegre-se o deserto a terra árida, exultem todos com brados de alegria… Tenhamos coragem Deus vem até nós. Fortaleçamos a nossa vida tão fatigada e cansada, pois Deus vem para nos aliviar e deixar que Nele experimentemos a doce alegria do Seu descanso! Tenhamos coragem nada temamos, pois o nosso Deus é um Deus de fortaleza e confiança. Revitalizemos os nossos ânimos abatidos, preparemos com jubilo a nossa Libertação prestes a chegar. Manifestemos com gestos de amor e de esperança a vinda de Cristo nosso Salvador.
Esperai…
É isso mesmo, esperar pacientemente, sem agitação sem perturbação a vinda do Salvador. Somos convidadas a fortalecer o coração, a levarmos uma vida regrada sem queixumes nem maledicências de uns para com os outros. O nosso único juiz está à porta, vem bater de mansinho e por isso exige vigilância nos nossos actos, gestos, palavras e moderação de vida. Somos convidados a não desistir de lutar para poder ver a Luz que vem até nós, a esperança que deve iluminar a nossa alma, a confiança que não pode ser abalada por nada nem por ninguém.
Temos de esperar com esperança de viver com atenção e não com acomodação, com renúncia e sacrifício e não com alienação, com paz no coração e não com desamor e vingança. A Salvação está próxima. O nosso projecto tem de ser libertador, temos de ser convincentes na mensagem que transmitimos. A nossa vida tem de ser digna para que o mundo acredite no Deus justo, libertador, bom e misericordioso.
Ide contar…
Ide contar o que vedes, os milagres que Cristo opera, a preferência pelos pobres, a vida que deseja transmitir a todos os que abrem o coração à Boa Nova. Quem procuramos? Quem dizemos que é Jesus para nós? Qual a acção do Senhor Jesus na nossa vida? Temos a consciência de que Ele é o Messias, Aquele que vem anunciar a Boa Nova aos pobres? Que mensagem nos transmite a Sua Palavra? O Reino está entre nós. Os sinais de Jesus devem interpelar a nossa forma de vida.
Perguntemos ao coração
Estou preparada? Vivo a dimensão da alegria que me vem da Palavra feita Carne? A acção de Deus transforma e recria a minha vida a partir do nada? Ele é para mim Vida em plenitude?
Sejamos optimistas, o nosso tempo é tempo de Deus e para Deus, com Ele faremos proezas, sem Ele, nada conseguiremos realizar de bom. Deixemos que a nossa vida se inunde da beleza de Cristo para que brote no deserto a abundância e a esperança seja motivo do nosso júbilo.
Exultamos em Deus nosso Salvador
Obrigado porque és a aurora da nossa esperança, a libertação das nossas cadeias, a coragem no nosso desânimo. Obrigado pela paciência e pelas sementes da novidade do Teu Evangelho. Obrigado pelo percursor que em cada instante nos ajuda a preparar o caminho para o encontro Contigo. Obrigado pela luz que voltou a brilhar no nosso olhar. Enche as nossas vidas com a beleza do teu amor, para podermos exultar de alegria todos os dias da nossa vida.




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Somos convidados a equacionar o tipo de resposta que damos aos desafios de Deus. Ao propor-nos o exemplo de Maria de Nazaré, a liturgia convida-nos a acolher, com um coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.
O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a auto-suficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.

… Cheia de Graça…
A expressão “cheia de graça” significa que Maria é objecto da predilecção e do amor de Deus. Estamos, diante do “relato de vocação” de Maria: a visita do anjo destina-se a apresentar à jovem de Nazaré uma proposta de Deus. Essa proposta vai exigir uma resposta clara de Maria.

Como é que Maria responde ao projecto de Deus?
A resposta de Maria começa com uma objecção… É uma reacção natural de um “chamado”, assustado com a perspectiva do compromisso com algo que o ultrapassa; mas é, sobretudo, uma forma de mostrar a grandeza e o poder de Deus que, apesar da fragilidade e das limitações dos “chamados”, faz deles instrumentos da sua salvação no meio dos homens e do mundo.

“Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Afirmar-se como “serva” significa, mais do que humildade, reconhecer que se é um eleito de Deus e aceitar essa eleição, com tudo o que ela implica. “Servo do Senhor” é um título de glória, reservado àqueles que Deus escolheu, que ele reservou para o seu serviço e que ele enviou ao mundo com uma missão. Desta forma, Maria reconhece que Deus a escolheu, aceita com disponibilidade essa escolha e manifesta a sua disposição de cumprir, com fidelidade, o projecto de Deus.

Meditar no mistério da Imaculada Conceição de Maria
Tal Redenção refulge, esplendorosamente, na pessoa de Maria, primeira redimida. Nela se revela a delicadeza da Providência divina que chama cada homem e cada mulher a colaborar na obra da salvação de todos. Inspirados nos apelos de Deus e enraizados no dom gratuito do seu amor; depois, pela correspondência a esse dom, na total fidelidade à nossa filiação divina Maria, como Mãe, quer tornar cada vez mais sólida em nós.
Que ela não nos deixe murchar a fé e a devoção. Que Maria Santíssima, nossa Mãe Imaculada, olhe para nós e nos guie, nos difíceis caminhos da paz.



Esperar ou parar

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Mandela: Papa Francisco recorda legado de «não-violência, reconciliação e verdade»

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Vaticano: Primeira mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz vai ser publicada a 12 de dezembro

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Vaticano: «Rezar é um pouco incomodar Deus», disse Francisco

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A ALEGRIA DE JESUS...

“Nós pensamos sempre em Jesus quando ele pregava, quando curava, quando caminhava, quando ia pelas estradas, também durante a Última Ceia ... Mas não estamos tão acostumados a pensar em Jesus sorridente, alegre. Jesus era cheio de alegria. Naquela intimidade com o Pai: ‘exultou de alegria no Espírito Santo e louvou o Pai’. É precisamente o mistério íntimo de Jesus, o relacionamento com o Pai, no Espírito. É a sua alegria interior, a sua alegria interior que Ele nos dá”.
“não se pode pensar em uma Igreja sem alegria e a alegria da Igreja é precisamente isso: anunciar o nome de Jesus. Dizer: 'Ele é o Senhor. O meu esposo é o Senhor. É Deus. Ele nos salva, Ele caminha connosco. E essa é a alegria da Igreja, que nesta alegria de esposa se torna mãe. Paulo VI dizia: a alegria da Igreja é evangelizar, ir para frente e falar sobre seu Esposo. E também transmitir essa alegria aos filhos que ela faz nascer, que ela faz crescer”.

I DOMINGO DO ADVENTO - ANO A

A Esperança… A Paz no tempo que é de Deus…
“Das espadas forjarão arados, das lanças foices… Nem mais se hão-de preparar para a guerra…” (Is 2, 4).
Tempo novo, tempo de Esperança. Tempo de abertura do coração à mensagem revelada, a Palavra dita desde os antigos profetas e que teve cumprimento nos tempos messiânicos. Deus do tempo e da vida, Deus da Paz e não da aflição.
Com Deus a vida vive-se sem sobressaltos, sem motivos de violência. A Palavra augura ao mundo a certeza do Príncipe da Paz, que será o Messias a quem celebraremos no Natal.
Somos a Jerusalém convertida com cânticos com palmas e ramos de Oliveira, os sinais evidentes da paz que teima em reinar na vida da humanidade. A Paz é desejo, a Paz é dom, é experiência profunda quando se convive com o Príncipe da Paz, com o querer Divino.
Em tempo de esperança, peçamos como rezava Francisco de Assis: “Senhor faz de mim um instrumento de Paz… onde há guerra que eu faça a Paz…”
Para quantos abrem o coração à alegria do Evangelho e à Esperança os votos de Paz e Bem e uma peregrinação profícua de forma a preparar bem o caminho do Messias que teimosamente volta a desejar nascer em nós.