Papa Francisco recorda a solicitude do Bom
Pastor para com a ovelha perdida que triunfa sobre a "murmuração
hipócrita" dos homens
- Jesus, os
fariseus e os publicanos, o pecado e a hipocrisia, a ovelha perdida. Esta
manhã, durante a homilia na Santa Marta, Papa Francisco voltou com uma das
‘chaves de leitura’ de sua pregação: a misericórdia de Deus que triunfa sobre o
mal e a mesquinhez dos homens.
O Evangelho de
hoje (cf. Lc 15,1-10), explicou o Papa, mostra o espanto dos escribas e
fariseus em relação a Jesus, percebido como uma "ameaça" por sua
proximidade com os pecadores e que, por essa razão, "ofende a Deus" e
"contamina o ministério do profeta".
Mas Jesus tacha
a "música da hipocrisia" de seus adversários e a “murmuração
hipócrita” deles, e responde com uma "alegre parábola" em que destaca
a "alegria de Deus” diante da ação de seu Filho que perdoa os pecadores.
De
fato, Deus "não gosta de perder”, então, vai em busca “daqueles que estão
longe dEle. Como o pastor que vai em busca da ovelha perdida". Seu
"trabalho" é buscar qualquer criatura e "convidar para a festa
de todos, bons e maus”.
Deus
não quer perder nenhum dos seus, assim como Jesus revela na oração da
Quinta-feira Santa: “Pai, que não se perda nenhum daqueles que tu me deste”.
Em
sua busca pelos homens, Deus " tem uma certa fraqueza de amor para com
aqueles que estão mais distantes, que estão perdidos", disse o Papa. Esta
busca não para, como o pastor do Evangelho de hoje, que procura incansavelmente
sua ovelha ou como a mulher da parábola " que quando perde uma moeda
acende a luz, varre a casa e procura cuidadosamente”.
O
reencontro da ovelha perdida, no entanto, não diz respeito apenas a ela e ao
pastor, mas deve envolver as noventa e nove restantes que permaneceram no
campo, e ninguém lhe pode dizer mas “tu és uma de nós” para que volte a ganhar
a “dignidade”. Sem distinção, “Deus coloca tudo nos seus lugares” e ao fazê-lo
"se alegra" sempre.
"A
alegria de Deus não é a morte do pecador, mas a sua vida", acrescentou o
Santo Padre, destacando o comportamento daqueles que "murmuravam contra
Jesus": pessoas "distantes do coração de Deus", que "não o
conheciam", que identificavam o ser religioso pela boa educação. Esta
atitude, no entanto, não tem nada a ver com a fé, mas apenas com a
"hipocrisia de murmurar”.
A
alegria de Deus é "aquela do amor" que vai infinitamente além de
nossa vergonha, e do nosso senso de indignidade. Se um homem diz: "Eu sou
um pecador ", a resposta de Deus será sempre: "Eu te amo do mesmo
jeito e eu vou encontrá-lo e levá-lo para casa”.
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