Para vencer os pecados da idolatria
e da hipocrisia
e da hipocrisia
Hipocrisia e idolatria «são
pecados graves» que têm origens históricas, mas que ainda hoje se repetem com
frequência, inclusive entre os cristãos. Superá-los é «muito difícil»: para o
fazer «temos necessidade da graça de Deus». Foi a reflexão do Papa Francisco
depois das leituras da missa celebrada na manhã de terça-feira, 15 de Outubro.
Os idólatras «não têm motivo
algum de desculpa. Mesmo tendo conhecido Deus — realçou o bispo de Roma — não o
glorificaram, nem lhe agradeceram como se fosse Deus». Mas qual é a estrada dos
idólatras? São Paulo fala disto muito claramente aos romanos. É um caminho que
desorienta: «perderam-se nos seus vãos raciocínios e a sua mente obtusa
escureceu-se». A isto leva «o egoísmo do próprio pensamento, o pensamento
omnipotente» que diz «o que eu penso é verdadeiro, eu penso a verdade, pratico
a verdade com o meu pensamento». E precisamente enquanto se declaravam sábios,
os homens dos quais são Paulo fala «tornaram-se insensatos. Trocaram a glória
do Deus incorruptível por uma imagem e uma figura de homem corruptível, de
pássaros, de quadrúpedes, de répteis».
Poderíamos ser levados a pensar,
advertiu o Papa, que se trata de atitudes do passado: «hoje nenhum de nós vai
pelas ruas a adorar estátuas». Mas não é assim porque «também hoje — disse o
Pontífice — há ídolos e muitos idólatras. Tantos que se consideram sábios,
inclusive entre nós, entre os cristãos».
Outro pecado «contra o primeiro
mandamento proposto pela liturgia de hoje é a hipocrisia», continuou o Santo
Padre. A inspiração para esta ulterior reflexão foi-lhe oferecida pela narração
de Lucas na qual se fala de «um homem que convida Jesus para almoçar e
escandaliza-se porque ele não lava as mãos» e pensa que Jesus seja um «injusto»
pois «não cumpre o que deve ser feito». Mas assim «como Paulo não poupa
palavras contra os idólatras — frisou o Santo Padre — também Jesus não poupa
palavras contra os hipócritas: vós, fariseus, limpais a parte externa dos copos
e dos pratos, mas dentro estais cheios de avidez e maldade. É muito claro! Sois
ávidos e malvados, insensatos». Usa «a mesma palavra que Paulo diz dos
idólatras: tornaram-se insensatos, insensatos. E que conselho dá Jesus? Dai
como esmola o que está dentro do prato e eis que para vós tudo será mais puro».
Portanto, Jesus aconselha a «não
olhar para as aparências» mas a ir ao âmago da verdade: «o prato é o prato, mas
é mais importante o que está dentro do prato: a refeição. Mas se és um vaidoso,
se és um carreirista, um ambicioso, uma pessoa que se vangloria sempre de si
mesma ou que gosta de se vangloriar, porque se acha perfeita, dá um pouco de
esmola e esta curará a sua hipocrisia».
«Eis — concluiu o Papa — o
caminho do Senhor: adorar a Deus, amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao
próximo. É tão simples, mas muito difícil. Só podemos fazer isto com a graça.
Peçamos a graça».
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