terça-feira, 9 de julho de 2013

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Cordial encontro do Papa com jovens em caminho de formação. Quatro "pilares" essenciais: vida espiritual, intelectual, apostólica, comunitária

Quatro os “pilares” indispensáveis para a formação dos futuros padres e pessoas consagradas, segundo o Papa Francisco: vida espiritual, vida intelectual, vida apostólica e vida comunitária. Foi um caloroso encontro o que teve encontro sábado à tarde, na Sala Paulo VI, do Vaticano, com uns seis mil jovens, rapazes e raparigas em fase de discernimento vocacional e mesmo de formação para o ministério e a vida consagrada, vindos a Roma em peregrinação, no contexto do Ano da Fé, provenientes de 66 diversos países. O Papa Francisco recordou que os sacerdotes, as religiosas e os religiosos têm de procurar a “fecundidade pastoral” capaz de dar alegria e pediu-lhes que não sejam “estéreis”.Evocando experiências pessoais de vida, com bom humor e numa linguagem coloquial, o Papa apresentou temáticas relacionadas com a vida sacerdotal e consagrada. Antes de mais a alegria: é a alegria que deve caracterizar a vida dos sacerdotes, das religiosas e dos religiosos. Quando não deixam transparecer esta alegria, tal mostra que existe uma vida de verdadeira doação, com o que representa de “paternidade e a maternidade pastoral”. “Quando um padre não é pai da sua comunidade e quando uma irmã não é mãe de todos aqueles com quem trabalha, torna-se triste”, afirmou o Papa. 
“Não se pode pensar um padre ou uma irmã que não sejam fecundos. Isto não é católico”, disse o Papa. Para Francisco, a alegria não se encontra nos últimos modelos de smartphones, nas coisas que se possuem, nas “roupas da moda” ou nos “divertimentos em locais mais em voga”. Sobre os bens que se possuem, o Papa disse não se sentir bem quando vê “um padre ou uma irmã com o carro do último modelo”. “Não pode ser! O carro é necessário. Mas arranjem um carro humilde… Pensem em quantas crianças morrem de fome. Só nisso!”, afirmou.O Papa desafiou os candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa a escolhas definitivas na vida, reprovando a “cultura do provisório” que caracteriza as sociedades contemporâneas. E desafiou os presentes à autenticidade, à coerência e a um percurso formativo que inclua quatro “pilares”: “vida espiritual, vida intelectual, a vida apostólica e a vida comunitária”.
Francisco falou também de uma situação “terrível” e “muito comum” no mundo clerical e religioso: “a má língua”, o “dizer mal”, o “falar pelas costas”. “Tantas vezes o faço e envergonho-me”, disse o Papa, desafiando à amizade e à fraternidade no interior das comunidades religiosas e diocesanas.

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