Aqui me tens, Senhor. Como o
menino dos pães e dos peixes. Confio em Ti e tudo Te ofereço com o pouco que
tenho, pois tudo é pertença Tua.
No meio da multidão
faminta, eu também tenho fome. Fome da Tua Palavra, do teu amor, da tua
bondade.
Um pequeno cesto, mas
grande na simplicidade e capaz de conter tanta generosidade! Ofereceu tudo
quanto tinha! Traz-me à memória a Tua afirmação: “ quem não for como as
crianças, não entrará no Reino dos Céus…”
É mesmo assim? Nem sabes
como tem de ser longa a minha peregrinação! Nem calculas a quantidade de
sacrifício que necessito de fazer, para ser realmente como as crianças:
simples, humilde e livre de preconceitos e de todo o tipo de cadeias que me
estrangulam e roubam a vida…
Deixa-me ao menos
oferecer-Te este momento de encontro contigo, mesmo que seja breve. Quero oferecer-te
as minhas preces, o meu trabalho oculto, os pães da minha vida por inteiro, de
forma a que se partam e sejam distribuídos pelos irmãos.
Desejo ser como esse menino
do Evangelho, quero confiar, quero experimentar a ternura do poder oferecer-te
o nada da minha vida. Ajuda-me a não procurar ocasiões extraordinárias para te entregar
o que tenho e o que sou, mas seja o oculto e o silêncio a dar-te o melhor que
tenho sem barulhos nem palmas nem glórias.
Sei que para Ti não existe
pobreza, pois Tu és riqueza infinita e tudo podes fazer quando há disposição
interior e o coração bate mais forte por Ti, o amor eterno e supremo que me faz
viver confiante, atenta e disponível para Te levar de alma e coração aos que
ainda clamam pelo Pão da Tua Palavra e do Teu Mistério de Amor…
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