segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Senhor das Núpcias...

Senhor das núpcias

A parábola das dez virgens surpreende-me pela sua beleza, mas deixa-me estupefacta pela dureza das Tuas palavras. Dez virgens… dez lâmpadas cheias… dez lâmpadas vazias… dez esperas para o encontro e surpresas sucessivas… a alegria do encontro cria ansiedade… gera partilha…
Prudência e imprudência, marcam o desafio proposto nesta parábola… Vigilância e Fé são sinais de que a espera do Esposo tem de ser bem preparada.

Eu sei, Senhor, que a salvação é um caminho longo a percorrer e nunca nos salvamos sós, mas sempre em comunhão. Quando oiço e medito esta Palavra, parece que estás a meter medo, pois basta o mais pequeno descuido, o mais pequeno atraso na vida pode por em causa a minha entrada no Reino. Mas, pergunto-me: como pode ser, se és o Esposo mais amável, mais fiel, mais misericordioso, bom e manso?
Preciso de perceber o contexto onde pronuncias estas palavras. Palavras de vigilância, de espevitar a Fé, de tomar consciência da relação contigo, de viver a mais profunda intimidade contigo experimentando o teu amor.
A sabedoria da vida tem de ser calibrada para se saber discernir adequadamente o percurso da caminhada de Fé.

Um simples azeite… uma lâmpada singela… mas um cansaço incontornável…
Tudo parece desmoronar-se no encontro com o Esposo se deixo de estar atenta e desperta para escutar as Tuas pertinentes e exigentes palavras de vida. A minha lâmpada perde tantas vezes o vigor e deixo-me dormir… Deixo de ter luz e Tu és a Luz que tanto preciso para não deixar avançar as trevas das minhas escuridões tão frequentes…

Tu, és o dom do Pai, o Esposo Celeste que me ofertas o diadema e com amor me colocas a aliança de um amor sempre fiel. Quero saborear a doçura das Tuas Palavras, quero estar vigilante e atenta para manter firme e constante a minha fidelidade esponsal.
A minha lâmpada de nada serve estar preparada se não vivo fortalecida e alimentada pela oração e pelo contacto mais profundo com a Tua Palavra que espevita a minha Fé e faz arder em mim a Caridade. Lâmpada acesa, azeite na almotolia, disposição interior para caminhar nas sendas do Teu amor. A luz da minha lâmpada tem de deixar resplandecer o brilho da beleza do teu Rosto.

Senhor das núpcias, não deixes amortecer a minha chama, quando estiver adormecida, espevita-a com o azeite do Teu amor. Não quero esquecer o compasso que marca a música do baile do encontro contigo. Que a ginástica do meu espírito me eleve a alma para a experiência das bodas. Que a vigilância do coração perceba que alguma coisa vai acontecer e que Tu virás a qualquer hora.

Reabre os meus ouvidos à Tua Palavra para adquirir a sabedoria que se deixa encontrar por quem a procura e se dá a conhecer a quem a deseja… que neste percurso eu encontre a Tua humildade e me incline para acolher o Teu perdão e me sente à Tua mesa saciando-me na comunhão de bens contigo.
Aceita Senhor das núpcias, a minha lâmpada acesa com perseverança, com constância e com fidelidade. Que em mim não haja espaço para o esquecimento e o descuido. Que seja sempre prudente e me prepare em cada dia para um encontro transbordante do azeite da Fé.

Quero priorizar na vida o azeite do Espírito Santo. Quero manter acesa a lâmpada da minha Fé. Sem a Fé tudo se apaga e morre. A minha salvação depende da minha Fé, da chama que arde em meu coração....

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