terça-feira, 2 de agosto de 2011

Na frescura de uma visita fraterna...

Senhor da vida

Hoje, entras na minha aldeia. Com lágrimas à mistura e com dor, exprimo com firmeza a minha fé e exclamo: “Eu sei que Tu és a Ressurreição e a Vida…” Na raiz do meu ser, antes que tudo acontecesse, Tu estavas lá, Tu Aquele que me conhece e sabe das minhas aflições, Tu que conheces as minhas mortes, Tu que em tudo insuflas um sopro de Vida Nova…
Hoje quero rezar-Te a semântica da minha história e nela revejo a densidade e a originalidade desta raiz que vai mais fundo e em Ti, aos poucos vou robustecendo a minha Fé. No virar de cada página, uma porta se abre e a Luz volta a brilhar, porque o meu coração volta a bater por Ti e de novo experimento a Tua amizade, o Teu acolher de braços abertos o meu nada.
Rezo-Te a vontade de cavar mais fundo e com constância o meu poço interior. Quero lançar a corda e o balde e dele retirar a água da Vida. Tu me fazes reviver de novo, Tu afastas a pedra da minha sepultura e me dás ordem para me por a caminho. Parece que o medo toma conta de mim, nem sei andar, mas a urgência do anúncio é grande e é preciso fazer-me ao largo.
A emergência educativa do meu pensamento, ajuda-me a recuperar a relação que preciso de manter contigo. Que a gramática do amor seja sempre a regra de ouro na minha vida, que em cada substantivo eu encontre o nome mais belo para definir quem és para mim. Que os meus afectos redundem em plenitude de amor para contigo.
Parece que nada, mais, sei dizer-te a não ser que Te rezo a vida e o encanto que dela brota. Rezo-Te o conhecimento e a experiência do amor que me deixas saborear. Rezo-Te a persistência com que me exortas a permanecer firme no Teu amor e a professar a Fé em Ti.
És o Senhor da Vida. Sei que queres ver o meu rosto levantado, limpo, sem rugas, sem lágrimas, mas confiante e com um brilho novo no olhar. Sei que estás presente na dor e nos momentos de escuridão, Tu vens e fazes-Te Luz na minha vida. Servir, acolher e amar são palavras mágicas que brotam da minha entrega e exigem doação e ascese, num movimento contínuo.
De joelhos, rezo-Te para que me faças de novo, para que vivas em mim, para que o meu coração viva inquieto por Ti, que em Ti saiba reafirmar a minha Fé, que em Ti o meu servir, e o meu amar, se fortaleçam. Tu, o Cajado, a Rocha, a Âncora, o Escudo, a segurança e o baluarte.
Faz-me mulher de fé, de hospitalidade, que nada anteponha ao Teu amor, mas que sentada, a Teus pés escute com alegria a Tua mensagem que me transmite serenidade, paz e força para avançar sem medo para o mundo, onde se faz urgência a comunicação da Tua Boa Nova.

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